Sinal vermelho – Quando o ucho.info afirma, de forma insistente, que o governo de Dilma Rousseff está literalmente perdido diante da crise e sem saber o que fazer, não se trata de implicância, como sugerem alguns petistas inconformados e radicais, mas de análise coerente e ponderada da realidade que se apresenta. Fora isso, prevalece o nosso compromisso de levar a verdade dos fatos aos leitores.
O erro maior do governo está em apostar no consumo interno para tentar reverter uma crise que tem causas internas e só cresce. A situação apresenta-se ainda mais grave quando os cidadãos não esboçam desejo de consumo elevado, pelo contrário, até porque os baixos salários estão sendo corroídos pela inflação e a inadimplência está em alta.
Além dos pontos acima citados, a geração de empregos não tem evoluído como esperavam os palacianos. Nesta quinta-feira (21), o Ministério do Trabalho informou que em julho foram criados em todo o País 11.796 empregos com carteira assinada, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O número de novos postos de trabalho aponta para uma queda de 71,5% na comparação com o mesmo mês de 2013, quando foram criadas 41.463 vagas formais. Trata-se também do pior resultado para os meses de julho desde 1999, quando foram abertas 8.057 vagas formais, de acordo com o ministério, que começou a divulgar tais dados em 1992.
Titular da pasta, o ministro Manoel Dias mostrou-se esperançoso em relação à criação de vagas nos meses de agosto e setembro, o que não reflete a expectativa do mercado. “Chegamos ao fundo do poço”, declarou o ministro.
“O modelo adotado pelo nosso país na geração de empregos continua positivo. Estamos gerando positivamente número de empregos.Todas as análises são de que reduziu o número de pessoas que procura emprego. As pessoas atingiram média de rendimento de família que permite que a mulher volte a trabalhar em casa, que o estudante não precise trabalhar”, completou.
No acumulado do ano a geração de empregos também registra queda. De janeiro a julho foram criados 632.224 empregos formais, com queda de 30,3% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram abertas 907.214 novas vagas.
Há muito o Brasil ingressou na zona do chamado pleno emprego, tendo apresentado desde então algumas pequenas oscilações positivas e negativas, dependendo da época do ano. Isso se deve a diversos fatores, como, por exemplo, o medo do trabalhador em mudar de emprego, menor número de pessoas procurando emprego, contratações novas com salários menores, queda acentuada no consumo, crescimento pífio da economia.