CPMI da Petrobras: oposição quer convocação e quebra de sigilos de Enivaldo Quadrado e Ronan Pinto

corrupcao_17Hora da verdade – Em sua mais recente edição, a revista Veja traz reportagem que acusa Enivaldo Quadrado de ter recebido dinheiro do PT para não revelar um documento que envolveria a cúpula petista nos escândalos. O ex-presidente Lula, agora um bem sucedido lobista de empreiteira, e o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), um dos coordenadores da campanha da presidente Dilma Rousseff, seriam atingidos diretamente pela denúncia.

Por conta disso, a CPMI da Petrobras sofrerá pressão para acelerar a votação dos requerimentos de convocação de Quadrado, que durante anos foi não apenas um dos operadores financeiros do finado deputado José Janene, mas uma espécie de “mula” quando o assunto era trazer ao Brasil dinheiro do “Xeique do Mensalão” depositado no exterior. Integrantes da oposição que participam da CPMI querem convocar também o empresário Ronan Maria Pinto.

A ligação entre os muitos escândalos de corrupção que pontuaram a história nacional nos últimos onze anos e meio não é novidade para os leitores do ucho.info, que há conhecem essa conexão entre os crimes envolvendo políticos, autoridades e os próceres da bandidagem verde-loura, que na última década passaram a frequentar a órbita do Palácio do Planalto. Desde a morte de Celso Daniel, então prefeito de Santo André, quase todos os escândalos de corrupção são conexos, como já provou o editor do site, que conhecem em detalhes os subterrâneos do poder.

De acordo com a reportagem da revista Veja, Enivaldo Quadrado deu um ultimato ao tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Ou era devidamente remunerado ou daria à polícia os detalhes de documento apreendido no escritório do doleiro Alberto Youssef, que detalha um pagamento feito por Marcos Valério Fernandes de Souza, a mando do PT, para abafar a verdade sobre o crime que é a pedra fundamental do esquema que está desmoronando.

“O documento era um contrato de empréstimo entre a 2 S Participações, de Marcos Valério, e a Expresso Nova Santo André, de Ronan Maria Pinto. O valor desse contrato é de 6 milhões de reais, exatamente a quantia que Valério (Marcos Valério, operador do mensalão) dissera ao MP que o PT levantara na Petrobras para abafar o escândalo (da morte do prefeito Celso Daniel) em Santo André. É esse o contrato que prova a denúncia de Valério. É esse o contrato que, em posse de Quadrado, permitia ao chantagista deitar e rolar sobre os petistas”, destaca a revista.

Como tem afirmado o ucho.info nos últimos anos, o escândalo da Petrobras – com direito a corrupção, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro, entre tantos outros crimes – está apenas começando, pois muitas foram os desmandos operados a partir da empresa, os quais certamente transformarão a compra da obsoleta e superfaturada refinaria de Pasadena, no Texas, em assunto para juizado de pequenas causas.

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