Óleo de peroba – Na campanha pela reeleição, a presidente Dilma Vana Rousseff finge que a crise econômica que chacoalha o País em todos os quadrantes, como se a população não soubesse da verdade que bate à porta de cada brasileiro diuturnamente.
Sem ter conseguido emplacar pelo um dos muitos planos de estímulo à economia, o que mostra do despreparo do governo, Dilma continua discursando na condição de salvadora da pátria, quando na verdade a presidente e seu partido colocaram o País a um passo do despenhadeiro da crise.
Sempre afirmando que no governo do PT milhões de brasileiros saíram da miséria e outros tatos ascenderam à classe média, reinventada pela “companheirada” por conta do fiasco da economia, Dilma simplesmente ignora o fato de que dois terços da população brasileira recebem mensalmente menos do que dois salários mínimos. Ou seja, esse milagre econômico do PT conseguiu o chamado pleno emprego com a extensa maioria dos trabalhadores recebendo aproximadamente R$ 1,2 mil por mês cada. Com esse número, tentar reverter a crise a partir de incentivo ao consumo é no mínimo um tiro no pé.
Como se fosse pouco, o governo de Dilma Rousseff conseguiu a proeza de fazer crescer a disparidade social, que vinha em ritmo de queda, mas em 2013 voltou a subir. De quebra ocorreu a concentração de renda, contrariando o slogan fanfarrista adotado por Lula em seus dois governos: “Brasil, um país de todos”.
Considerando que Dilma e seus assessores são verdadeiras odes à incompetência, o desemprego está em marcha de alta, o que causa preocupação ainda maior porque mesmo com esse movimento a inflação continua resistindo. E por falar em inflação, o mais temido fantasma da economia continua fazendo estrago em todo o território nacional, atingindo preferencialmente as camadas mais pobres da população.
O estrago provocado pelo PT na economia é tamanho, que as esmolas sociais ofertadas pelo governo, o que garante ao partido a formação de um obediente curral eleitora, perderam o poder de compra por causa da ação corrosiva da inflação. Para que o leitor consiga compreender a gravidade da situação, o governo do PT considera como fora da linha da miséria o cidadão que recebe acima de R$ 77 mensais. De igual modo, fora da linha da pobreza está aquele que recebe acima de R$ 154 por mês.
Ora, se o salário mínimo vigente é de R$ 724, que serve para quase nada, como alguém pode ser considerado fora da linha da pobreza com R$ 154 no bolso? Para piorar o que já é péssimo, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) o salário mínimo ideal em agosto deveria ser de R$ 2.861,55, ou seja, quatro vezes o valor do piso salarial vigente no País e 18,5 vezes maior do que a linha de corte da pobreza estabelecida pelo governo.
O cenário se aproxima do caos quando consideradas as estratégias pouco inteligentes do governo para enfrentar a crise. Em dezembro de 2008, o então presidente Lula pediu aos brasileiros para que elevassem sobremaneira o consumo como forma de enfrentar o que o petista-mor, de forma galhofeira, chamou de “marolinha”. Os incautos saíram ás compras como uma boiada que rompe a cerca e o resultado não poderia ser outro que não o endividamento recorde das famílias e a alta da inadimplência. A bizarrice foi tão assustadora, que Lula e seus sequazes precisaram reinventar a classe média, antes que fossem executados em praça pública pelas legiões de enganados.
Apenas para mostrar o quão irresponsável é o governo do PT, o aluguel de um quarto em qualquer pensão de quinta no centro da cidade de São Paulo não sai por menos de R$ 500 por mês, mas os messiânicos petistas continuam acreditando que aquele que recebe acima de R$ 77 deixou para trás a seara da miséria.
Em suma, o PT instalou o caos no Brasil em apenas uma década e ainda quer ser aplaudido por isso. Como disse certa vez um conhecido e gazeteiro comunista de botequim, “nunca antes na história deste país”.