Dilma se apresenta como milagreira, mas economistas derrubam discurso embusteiro da petista

crise_economica_16Sinal de alerta – Enquanto Dilma Rousseff repete o antecessor, Lula e culpa os Estados Unidos pela crise econômica brasileira, o mercado financeiro continua destilando pessimismo em relação ao avanço do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com os economistas das cem maiores instituições financeiras em atividade no País, a economia brasileira deve crescer 0,30% em 2014, contra 0,33% da previsão anterior. O dado consta do Boletim Focus, do Banco Central, que também traz outra informação preocupante: a previsão de crescimento do PIB para 2015 caiu de 1,04% para 1,01%.

No final de agosto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia brasileira teve retração de 0,6% no segundo trimestre deste ano, o que coloca o País em “recessão técnica”, status marcado por dois trimestres seguidos de PIB negativo.

Na seara da inflação, o mercado sinaliza com alta, neste ano, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que saltou de 6,29% para 6,30%, ou seja, quase beirando o teto (6,5%) do programa de metas estabelecido pelo governo federal. Para 2015, a previsão dos economistas é de recuo do IPCA, de 6,29% para 6,28%.

Há dias, o IBGE divulgou que o IPCA acelerou para 0,25% em agosto, enquanto em julho havia alcançado a marca de 0,01%, a menor desde 2010. No acumulado de doze meses até agosto, a alta inflação oficial é de 6,51%. O resultado está 0,01 ponto percentual acima do teto da meta, que é de 6,5%. Contudo, o Banco Central, que sofre pressões do palácio do Planalto, considera como descumprimento da meta quando o índice extrapola o limite com base no acumulado em doze meses dentro de cada ano. Em outras palavras, ao BC não importa a covarde corrosão sofrida pelo salário do trabalhador por conta da alta de preços de produtos e serviços.

A grande ameaça que ronda a economia brasileira é a decisão da presidente Dilma Rousseff de combater a crise a partir da elevação do consumo interno, medida irresponsável e obtusa, pois o governo se recusa a fazer a parte que lhe cabe, como investimentos em infraestrutura, por exemplo. Estimular o consumo é uma solução pontual e que só pode ser adotada por curto período, caso a economia esteja sob o ataque de outros fatores, como é o caso do Brasil.

Para dificultar ainda mais a míope estratégia dos atuais inquilinos do Palácio do Planalto, o juro ao consumidor está elevado, o endividamento das famílias é recorde e a inadimplência preocupa. Fosse pouco, o vem mudando de forma seguida seus hábitos de consumo, o que atrapalha ainda mais o cenário. Para complicar o que já demasiadamente complicado, o mercado de trabalho começa a sofrer solavancos, ou seja, começam as demissões.

Apesar desse cenário marcado pelo desânimo provocado pela resistência da crise, Dilma continua acreditando que é a versão feminina de Aladim e que a culpa do que acontece no Brasil é do Tio Sam. Enfim, como disse certa vez um conhecido e fanfarrão comunista de botequim, “nunca antes na história deste país”.

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