Verdade assustadora – Presidente da República e candidata à reeleição, Dilma Rousseff fez da tribuna da 69ª Assembleia Geral da ONU, na quarta-feira (24), um palanque de campanha. Mesmo assim, a petista negou que isso tivesse ocorrido. Quem acompanhou o discurso da presidente-candidata na abertura do encontro de estadistas e chefes de governo logo percebeu que Dilma foi a Nova York para gerar imagens para sua campanha no Brasil. Tudo custeado com o dinheiro público e seguindo a cartilha dos marqueteiros da campanha.
Dilma Rousseff bem que tentou disfarçar, mas ficou claro que seu objetivo, pífio e descabido, foi alcançado. O único senão é que a presidente não conseguiu convencer os brasileiros acerca das conquistas do seu governo e da era petista. A candidata exaltou em seu discursos os avanços sociais e a manutenção do emprego, tema que foi reforçado nesta quinta-feira (25) com a divulgação de dados sobre o mercado de trabalho.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em agosto o desemprego, no conjunto das seis regiões metropolitanas, ficou em 5%, menor taxa para o mês desde 2002.
Também nesta quinta-feira foram conhecidos os índices de desemprego relativos às pesquisas afetadas pela greve. Em julho, a desocupação ficou em 4,9%; em junho, em 4,8% e, em maio, em 4,9%.
“A taxa está estável desde fevereiro. O único mês, na comparação no mês a mês onde não foi significativa foi na passagem de dezembro para janeiro, que foi sazonal em função da dispensa de trabalhadores temporários, e automaticamente esse contingente retorna a procura em janeiro”, destacou Cimar Azevedo, coordenador de Trabalho e Renda do IBGE.
Para desmontar o discurso ufanista de Dilma na ONU e interromper a festa dos bolivarianos do Palácio do Planalto há um dado incontestável: o contingente de brasileiros que dependem dos programas sociais para deixar a seara da pobreza. Dados apontam que é de 87 milhões de brasileiros o universo de pessoas que dependem do programa Bolsa Família para escapar da pobreza. É importante destacar que o atual governo fixou em R$ 154 o valor recebido mensalmente para que o cidadão seja considerado fora da seara da pobreza.
No momento em que a inflação oficial acumulada ao longo de doze meses já ultrapassou o teto de 6,5% do programa de metas fixado pelo governo e a inflação real já passa de 20% ao ano, não há como Dilma fazer qualquer discurso focado nas chamadas conquistas sociais. Quando o trabalhador vê o minguado salário mínimo acabar antes do final do mês, fica claro que o governo petista da candidata Dilma Rousseff vem errando de forma escandalosa.
A partir de outro prisma de análise é possível afirmar que o resultado da pesquisa do IBGE mostra que o Brasil vive o chamado “pleno emprego”, o que significa que a estagnação econômica deve não apenas continuar, mas avançar.
Para piorar o que já é ruim, o próprio IBGE informou, meses atrás, que dois terços da população brasileira recebem mensalmente menos dois salários mínimos. Ou seja, cada brasileiro embolsa a cada trinta dias aproximadamente R$ 1,2 mil. Apenas a título de comparação, o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) fixou como salário mínimo ideal, em agosto, o valor de R$ 2.861,55. Mesmo assim, Dilma e seus estafetas insistem em falar em avanços, conquistas e crescimento econômico.
Se Dilma revelasse o endereço desse país que tanto cita e diariamente aparece nas propagandas do governo, quem sabe a sua reeleição estivesse garantida. Como tudo o que o governo anuncia e gazeteia não passa de um exercício repetitivo de mitomania, não é exagero afirmar que Dilma é a versão de saia de Joseph Goebbels (sem qualquer relação nazista), que um dia afirmou: “Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”.