Padilha lança o “desafio da torneira” em SP, mas deveria fazer o mesmo com a energia elétrica

alexandre_padilha_13Desespero rouge – Candidato inventado pelo lobista Luiz Inácio da Silva e sem qualquer proposta empolgante e convincente para São Paulo, o mais rico e importante estado da federação, o petista Alexandre Padilha continua apelando para tentar reverter o irreversível e chegar ao Palácio dos Bandeirantes, que há anos está na alça de mira do partido que na última década se especializou em escândalos de corrupção.

Padilha, que fala em moralidade e combate à corrupção em São Paulo, parece que ainda não foi informado sobre o esquema que, com anuência do Palácio do Planalto, sangrou os cofres da Petrobras para, entre tantos fins, alimentar financeiramente os partidos da chamada base aliada no Congresso Nacional. Como se no dicionário petista a palavra “incompetência” simplesmente inexistisse, Alexandre Padilha não desiste de incensar a crise de abastecimento de água na maior cidade brasileira.

No último debate entre candidatos ao governo paulista, Padilha não se cansou de revirar o tema, como se a falta de água no sistema Cantareira fosse fruto da má vontade dos governantes. O País passa por uma grave estiagem, decorrente de problemas climatológicos, não meteorológicos como sugerem alguns incautos. O desmatamento acelerado na Amazônia e no Centro-Oeste brasileiro tem colaborado sobremaneira para a estiagem, sem que as autoridades tomem alguma providência para evitar a piora do quadro.

No afã de tirar alguns votos do tucano Geraldo Alckmin, que pode vencer a eleição ainda no primeiro turno, o petista Padilha lançou o “teste da torneira”, como se isso pudesse medir a competência de um governo. Se essa tese lançada por Alexandre Padilha é válida, que seja estendida ao governo da companheira Dilma Rousseff, que estimulou de forma irresponsável o consumo de energia elétrica em todo o País, que agora é abastecido também pelas usinas termelétricas, em funcionamento ininterrupto desde outubro de 2012. Apenas para lembrar os leitores, as termelétricas foram criadas para situações emergenciais, não para funcionamento contínuo.

Como se não bastasse, a fanfarrice da presidente Dilma de reduzir a tarifa de energia elétrica acabou evaporando, pois o custo da energia no mercado, por causa da geração a partir das termelétricas, fez com que o desconto durasse apenas um verão. Em breve, o consumidor pagará o mesmo preço pelo Kw/hora que vinha pagando antes do anúncio da redução de tarifa.

Em outro vértice da crise que chacoalha o Brasil está a dilapidação do patrimônio da Petrobras, que desde o irresponsável plano do então presidente Lula de incentivar a venda de automóveis foi obrigada a importar gasolina, revendendo o produto no mercado interno a preço subsidiado. Isso é reflexo da falta de planejamento do governo petista, que acredita ser possível administrar o País como se fosse um dos muitos botecos mequetrefes de porta de fábrica, onde o gazeteiro Lula estreou na vida política induzindo a erro um sem fim de incautos.

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