Óleo de peroba – Conhecida nos bastidores palacianos por seu comportamento truculento e grosseiro, Dilma Rousseff, a presidente-candidata, agora se faz de vítima na tentativa de colocar o adversário Aécio Neves contra o eleitorado feminino. Essa é mais uma estratégia imunda e rasteira do marqueteiro João Santana, que parta da imprensa nacional, sempre genuflexa, insiste em incensá-lo.
Em sua mais nova incursão, recheada de covardia, Dilma afirma que Aécio desrespeita as mulheres. Isso porque o candidato tucano chamou de “leviana” a presidente em um dos debates, apenas porque Dilma estava a abusar das mentiras, o que não é novidade quando o assunto é o PT. A candidata também afirmou que o desrespeito de Aécio Neves em relação às mulheres se materializou ainda no primeiro turno, quando ele apontou o dedo para Luciana Genro, então presidenciável do PSol.
Dilma pode até querer pegar carona em mais uma invencionice de seus assessores, mas não tem um grama de moral para fazer esse tipo de ataque. Aliás, a presidente continua devendo aos brasileiros pelo menos uma explicação sobre o escândalo do pedófilo da Casa Civil, que na condição de assessor especial da pasta trabalhou durante meses a fio a poucos metros do gabinete presidencial.
O estranho e obsequioso silêncio de Dilma em relação ao caso foi acertado com a cúpula do seu partido, que naquela época apostava as fichas em Gleisi Hoffmann, então chefe da Casa Civil, para arrebatar o governo do Paraná. Gleisi, como sabem os leitores do ucho.info, foi responsável por levar Eduardo Gaievski, o pedófilo, para a Casa Civil, mesmo sabendo de sua extensa ficha de crimes hediondos. Preso na penitenciária de Francisco Beltrão, no interior paranaense, e recentemente transferido para uma unidade prisional de Curitiba por causa de medo de rebeliões, o que o transformaria em refém dos rebelados, Gaievski responde a 26 processos de estupros contra meninas menores de idade, sendo quatorze deles cometidos contra vulneráveis (menores de 14 anos).
Dilma sempre soube do status criminoso de Eduardo Gaievski, com quem se deixou fotografar em diversas ocasiões, mas nada fez para impedir sua indicação para um cargo de confiança na mais importante pasta do governo federal.
Em casos de indicação a cargos de confiança, como o do “Monstro da Casa Civil”, cabe ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República e à Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) o dever de analisar a vida pregressa do indicado. A investigação promovida pelo Ministério Público do Paraná para apurar os muitos crimes cometidos por Gaievski era de conhecimento da população do estado sulista, inclusive de Gleisi, e os procedimentos estavam disponíveis na rede mundial de computadores para quem quisesse acessar. Em situação normal, o GSI e a ABIN teriam vetado a indicação, que de alguma forma foi bancada por pessoa muito próxima à presidente ou por ela própria. Se isso não aconteceu, o que é difícil, Gleisi foi quem bancou a indicação, traindo a confiança da “companheira” Dilma.
Gaievski, que já foi condenado a mais de dezoito anos de prisão em apenas um processo, pode passar pelo menos três séculos atrás das grades. Como a legislação brasileira não permite que um apenado cumpra mais do que trinta anos de prisão, o delinquente sexual, mesmo assim, terá tempo de sobra para pensar nos crimes bárbaros que cometeu. De tal modo, antes de falar em desrespeito às mulheres por parte de Aécio, a presidente-candidata deveria pedir desculpas aos brasileiros por ter acobertado e empregado um companheiro de partido que atentou contra a honra de meninas indefesas, sempre usando o cargo de prefeito de Realeza, cidade do interior do Paraná, para dar seguimento às próprias psicopatias.