Professor Pardal – Acusada de receber R$ 1 milhão em dinheiro vivo do esquema de corrupção que funcionava na Petrobras – a acusação é do delator Paulo Roberto Costa –, a petista Gleisi Hoffmann, ex-ministra da Casa Civil de Dilma Rousseff, não se acanha. Nesta terça-feira (21) ela assina um artigo no jornal Gazeta do Povo dando uma aula sobre como deveria funcionar o sistema penitenciário do Paraná, atualmente sacudido por uma suspeita série de rebeliões comandadas por facções criminosas.
A “aula” de Gleisi sobre como deveria se administrar o sistema penitenciário faria mais sentido se ela não pertencesse a um partido que povoou uma ala do presídio da Papuda, em Brasília; não tivesse um ex-auxiliar, Eduardo Gaievski, preso por estupro e pedofilia; e não tivesse ela própria envolvida em um escândalo criminoso.
Gleisi é acusada de ter se beneficiado no Petrolão, o roubo sistemático dos cofres da Petrobras, evento que pode lotar cadeias com os corruptos que saquearam a estatal ao longo dos últimos onze anos e dez meses, período em que o PT arruinou o País.
A desmedida desfaçatez de Gleisi, marca registrada do PT, aparece da forma mais nítida no artigo do jornal. A petista cobra mais investimentos no sistema penitenciário, mas aparentemente – ou de propósito – ela ignora que, na condição de ministra-chefe da Casa Civil, sonegou ao Paraná empréstimos e investimentos nos três anos em que ocupou o cargo.
Essa negação de recursos prejudicou o estado como um todo, inclusive o sistema penitenciário local. Gleisi perseguiu o Paraná com a conivência e as bênçãos da presidente Dilma Rousseff, acreditando que manter o estado à míngua facilitaria seu projeto megalômano de conquistar o Palácio Iguaçu.
Deu tudo errado. Gleisi foi derrotada de forma acachapante, terminando em terceiro lugar a corrida ao governo estadual, registrando um índice de votos (14%) inferior aos patamares históricos do Partido dos Trabalhadores no Paraná, reduziu a bancada do PT na Assembleia que ficou convertida em legenda nanica. Não contente com todas essas façanhas, Gleisi reaparece como crítica e acusadora, ensinando como resolver problemas que ela mesma ajudou a criar.
