Vale tudo – Presidente da República e candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff não mais se incomoda em viver abraçada à mentira. Quando os críticos comparam o seu marqueteiro, João Santana, ao chefe da propaganda nazista, Joseph Gpebbels, apenas e tão somente por causa do apreço à mitomania, não é exagero.
Em um dos seus programas eleitorais, Dilma pede voto aos eleitores alegando que o Brasil não pode retroceder, como se o País estivesse vivendo uma fase de enorme tranquilidade econômica. Na tentativa de convencer os eleitores, a presidente-candidata destaca a valorização do salário mínimo, assunto que já mereceu inúmeras matérias a respeito. Dilma tem o direito de dizer o que bem quiser, inclusive o de mentir, até porque o Brasil ainda é uma democracia que contempla a livre manifestação do pensamento, mas não se pode querer que todos acreditem nas balelas palacianas.
Em relação ao salário mínimo, o PT mudou o discurso a partir do momento em que colocou o pé no Palácio do Planalto. Isso significa que a pedra transformou-se em vidraça. Experiência interessante e necessária para quem sempre fez críticas infundadas e radicais. A única questão é que os petistas não têm a capacidade necessária para aprender e mudar, até porque a soberba mesclada à corrupção impede qualquer alteração no cenário bandoleiro.
Durante anos em que puxou a fila da ruidosa oposição, o PT sempre usou os números do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) para reforçar a sua gritaria contra os governantes de então. De acordo com o Dieese, que no passado sempre foi incensado pelos “companheiros”, o salário mínimo ideal em setembro deveria ser de R$ 2.862,73.
Em contrapartida, o salário mínimo vigente, alvo da valorização anunciada por Dilma, é de R$ 724. Isso significa que o salário mínimo é um quarto do que sugere o Dieese, que calcula o valor adequado para que o trabalhador consiga suprir suas necessidades básicas e de sua família.
A questão do salário mínimo é tão grave quanto a mitomania de que sofre Dilma Vana Rousseff, a companheira de armas Vanda ou Estela. Quando a presidente decidiu que o salário mínimo seria reajustado por meio de decreto, o ucho.info não demorou a afirmar que a medida era um tiro no pé, dependendo da situação um tiro pela culatra.
Na ocasião do anúncio dessa irresponsabilidade oficial, este site foi muito claro e incisivo ao destacar duas situações de perigo. A primeira delas alertava para o fato de uma eventual disparada positiva da economia brasileira, o que faria com que o salário mínimo tivesse reajuste elevado. Isso porque a fórmula criada por Dilma prevê o reajuste do salário com base no índice da inflação medida pelo IPCA e a variação do Produto Interno Bruto (PIB) do ano anterior ao do cálculo. Nesse ponto há duas zonas de perigo: A) salário maior estimula o consumo e impulsiona a inflação em um país que não tem como corresponder à demanda. B) salário mínimo maior significa aumentar ainda mais o déficit da Previdência Social, uma vez que o reajuste dos benefícios pagos à maioria dos aposentados e pensionistas segue o mesmo cálculo.
A segunda situação de perigo está no vértice oposto. No caso de a economia crescer muito aquém da expectativa, em algum momento o salário mínimo terá reajuste real pequeno ou próximo de zero. É o que acontecerá com o salário mínimo de 2016, uma vez que a previsão de crescimento do PIB é de 0,2%. Ou seja, a partir de janeiro de 2016 o trabalhador receberá efetivamente muito menos do que recebe hoje. Sempre lembrando que os salários atuais estão defasados por um conjunto de motivos.
Quando um governo incompetente e paralisado, como o de Dilma Rousseff, aposta no consumo interno para reverter a crise interna, não há como esperar dias melhores se dentro de alguns meses não haverá no mercado dinheiro suficiente para movimentar a economia. Vale destacar que a inflação real, muito maior do que a real, derrete os ganhos do trabalhador, que voltou a conviver com um dos mais temidos fantasmas de uma economia descontrolada: o salário acaba e o mês continua.
O PT tenta salvar não apenas um totalitarista projeto de poder, mas também e principalmente o próprio partido, que no rastro dos desmandos e dos escândalos de corrupção começa a correr de um eventual ataque de nanismo. Essa incursão desesperada dos “companheiros”, cada vez mais evidente nos bastidores do poder e na rede mundial de computadores, se dá à sombra da mentira e da infâmia. Enfim, como disse certa vez um conhecido comunista de boteco, “nunca antes na história deste país”.