Governo acelera gastos, contas públicas têm déficit histórico e meta de superávit fica distante

dinheiro_101Calculadora de camelô – No ano em que a eleição presidencial foi marcada por uma enxurrada de mentiras oficiais, até porque a incompetente Dilma Vana Rousseff precisava se reeleger, sob pena de o PT desmoronar na esteira da avalanche de corrupção, o governo abusou dos gastos públicos, ao mesmo tempo em que a arrecadação federal não registrou crescimento compatível. Diante desse binômio macabro, as contas do governo registraram assustadora elevação, algo que “nunca antes na história deste país” aconteceu, de acordo com números divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional nesta sexta-feira (31).

Em setembro, foi registrado um déficit primário (receitas menos despesas, sem contar o juro da dívida pública) de R$ 20,39 bilhões, o que representa o pior resultado não apenas para setembro, mas para todos os meses da série histórica do Tesouro Nacional, iniciada em 1997. O déficit de setembro foi quase o dobro do registrado em agosto e o sexto resultado negativo deste ano (quinto consecutivo). Até o momento, o pior resultado mensal foi registrado em dezembro de 2008 (-R$ 19,9 bilhões).

Acumulado do ano

Situação idêntica foi verificada com o resultado acumulado do ano. Nos nove primeiros meses de 2014, as contas do governo registraram um déficit primário de R$ 15,7 bilhões. Trata-se da primeira vez na história que surge um valor negativo na parcial até setembro. O pior resultado, até então, foi registrado em 1997, quando houve um superávit primário de R$ 3,89 bilhões.

O resultado deste ano poderia ter sido ainda pior, não fosse o ingresso de R$ 8,76 bilhões em recursos de parcelamentos em agosto e setembro, o que não ocorreu em 2013. Sem os recursos do chamado Refis, o déficit primário teria atingido a marca de 24,46 bilhões nos até setembro de 2014.

Longe da meta

O resultado do mês de setembro e o valor acumulado até o nono mês do ano jogam por terra qualquer chance de o governo alcançar a meta de superávit primário estabelecida até o final de 2014, de R$ 80,8 bilhões.

Com base no conceito abaixo da linha, referência para as metas fiscais, o Tesouro informou que o governo registrou déficit ainda maior: R$ 18,9 bilhões nos nove primeiros meses do ano.

De tal modo, para atingir a meta estabelecida o governo teria de realizar um esforço fiscal de R$ 99,7 bilhões entre outubro e dezembro (média de 33,2 bilhões por mês), algo sem registro na história e possível apenas na seara dos milagres.

Show de incompetência

Os números do Tesouro Nacional confirmam o que há muito o ucho.info insiste em destacar. O governo petista de Dilma Rousseff administra o Brasil na base da incompetência e ignorando o planejamento, como se o País fosse um desses botecos mequetrefes de porta de fábrica, onde o líder maior do partido começou sua trajetória política, sempre no vácuo daquela água que passarinho não bebe.

Os brasileiros convivem com a maior carga tributária do planeta e mesmo assim o governo não consegue cumprir a meta de superávit fiscal, o que ratifica o alardeado despreparo da presidente da República e de seus assessores, que priorizam os interesses partidários, em detrimento de atender às necessidades de uma nação, cujos problemas exibem a mesma dimensão do território nacional.

Imaginar que Dilma, embalada pelo slogan de sua campanha “Governo novo, ideias novas”, resolverá a grave crise em que encontra-se mergulhado o Brasil é passar recibo de ignorância, mesmo que alguns economistas, que vivem como penduricalhos do Palácio do Planalto, digam o contrário.

O não cumprimento do superávit fiscal por parte do governo não afetou, por enquanto, a entrada de recursos internacionais para investimento, mas é preciso que o Planalto faça a lição de casa para que o castelo de areia continue de pé em meio à ventania. Especialistas do financeiro consultados pelo ucho.info afirmaram que impacto maior teve a alta da taxa básica de juro, a Selic, decidida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na última quarta-feira (29).

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