Consultados pelo BC, economistas revisam previsões e mostram que Dilma mente sem medo

dinheiro_43Pecado mortal – Demorou, mas a oposição finalmente percebeu que Dilma Vana Rousseff, a presidente reeleita, sofre de mitomania compulsiva. Com a devida licença de um conhecido e gazeteiro comunista de boteco, “nunca antes na história deste país” mentiu-se tanto.

Enquanto, durante a campanha eleitoral, Dilma afirmava que a inflação estava próxima de zero e sob controle, não sem antes afirmar que a crise era fruto do pensamento dos pessimistas, a economia brasileira balançava de maneira preocupante. Nem mesmo os números oficiais da economia fizeram com que a presidente mudasse de opinião, mesmo agora, depois de arrancar a vitória das urnas.

Para provar que o governo petista errou a mão na condução do País, os economistas das cem principais instituições financeiras em atividade no Brasil mais uma vez previram um futuro nada sombrio no curto prazo. De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (10) pelo Banco Central, os especialistas do mercado apostam em mais uma alta da taxa básica de juro, Selic, ainda em 2014, que deve encerrar o ano na casa de 11,50%. Na última reunião, o Comitê de Política Monetária, em clara demonstração de preocupação com a inflação oficial, elevou a Selic para 11,25% ao ano. Ou seja, o BC continua preocupado com o mais temido fantasma da economia.

Apesar da cautela do BC, os economistas previram que a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), encerrará 2014 em 6,39%, ou seja, 0,11 ponto percentual do teto (6,5%) do plano de metas estabelecido pelo governo federal.

A revisão para baixo da previsão de inflação se deu na esteira do aumento do preço da gasolina (3%) e da desaceleração do IPCA de outubro, na comparação com o mês anterior, que ficou em 0,42%.

Vale destacar que não há nenhum milagre na equipe econômica do governo, uma vez que o recuo da inflação oficial não deve se repetir em novembro. Isso porque o aumento da tarifa de energia elétrica, a majoração dos preços da gasolina e do diesel e a alta do dólar devem impactar no cálculo da inflação. Sem contar que no último trimestre do ano a inflação sempre aumenta em decorrência do crescimento da demanda gerada pelas compras de final de ano. Apesar de os consumidores já terem sinalizado que não estão dispostos a mergulhar nas compras.

Tirante os preços controlados (energia elétrica e combustível – mais adiante terá transporte público), o trinômio acima sofrerá oscilações com a cotação da moeda norte-americana, que na opinião dos analistas deve fechar o ano valendo R$ 2,50, contra R$ 2,45 da previsão anterior. Para 2015, a previsão para a cotação do dólar saiu de R$ 2,55 (semana anterior) para R$ 2,60. Em outras palavras, o Palácio do Planalto não poderá com a desvalorização do dólar frente ao real para ajudar no controle da inflação oficial.

Em relação ao Produto Interno Bruto, os economistas consultados pelo Banco Central creem que o crescimento em 2014 será de no máximo 0,20%, contra 0,24% da previsão anterior. Isso mostra que a promessa de Dilma Rousseff de retomar o crescimento econômico sempre foi uma sonora mentira, como continua sendo, pois não há como alavancar a economia sem que o salário trabalhador tenha um poder de compra condizente com as necessidades do País e os planos mirabolantes do governo.

Considerando que resultados no âmbito da economia não surgem no rastro do imediatismo, os brasileiros devem se preparar para mais quatro anos de aperto financeiro e crise econômica, pois em 2016 o aumento real do salário mínimo será, por enquanto, de 0,2%, índice previsto pelos economistas para o crescimento do PIB. Sempre lembrando que, de acordo com o IBGE, dois terços da população brasileira recebem menos de dois salários mínimos mensais. Como Dilma ainda não opera milagres, o negócio é aceitar a ideia de que até 2018 a penúria será grande.

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