Novo método para detectar Alzheimer é testado com êxito no Japão

mal_alzheimer_03Luz no túnel – Cientistas japoneses confirmaram na terça-feira (11) a eficácia de um novo método capaz de detectar a doença de Alzheimer na fase inicial, sem a necessidade de recorrer aos atuais procedimentos, considerados dolorosos e complexos. O novo método detecta através do sangue o acúmulo de uma das proteínas cerebrais que são reconhecidas como uma das principais causas da doença.

O projeto foi desenvolvido por peritos do Centro Japonês de Geriatria e Gerontologia e uma equipe de cientistas da empresa japonesa Shimadzu, liderados pelo Prêmio Nobel de Química em 2002, Koichi Tanaka, informou hoje (11) a estação pública nipônica HNK.

Uma das causas do Alzheimer é o acúmulo da proteína beta-amiloide no cérebro. Com o novo teste, a equipe analisará como a proteína se acumula e afeta as funções cognitivas do paciente. “O acúmulo de beta-amiloides é o início do Alzheimer, então estamos tentando desenvolver medicamentos para lidar com isso”, disse Katsuhiko Yanagisawa, vice-diretor do centro, ao jornal local Japan Times.

A equipe monitorou 62 pacientes, de 65 a 85 anos, por meio de Tomografia por Emissão de Positrons (PET) e de exames de sangue para detectar o acúmulo da proteína. Utilizando um novo sistema de análise, os pesquisadores conseguem encontrar no sangue pequenas quantidades de uma proteína relacionada aos beta-amiloides que não havia sido vista anteriormente. Através dessa proteína relacionada é possível prever com precisão se os beta-amiloides estão se acumulando.

Os investigadores comprovaram os estudos que indicam que os doentes acumulam essa proteína no cérebro mais de dez anos antes de desenvolver os sintomas. Eles observaram que aqueles que apresentam a substância também experimentaram um aumento na quantidade do peptídeo APP669-711 no sangue.

O uso prático do teste permitiria detectar o Alzheimer durante controle médico rotineiro, antes que a doença se desenvolva e sem a necessidade de recorrer aos testes atuais de Tomografia por Emissão de Positrons (PET) e coleta do líquido cefalorraquidiano, dois procedimentos complexos e dolorosos.

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