Mínimos detalhes – Líder da Oposição no Congresso Nacional, o senador eleito Ronaldo Caiado (Democratas-GO) apresentou requerimento na CPMI da Petrobras para solicitar informações da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) sobre as irregularidades cometidas na estatal.
O documento protocolado na última terça-feira (25) argumenta que a agência ligada diretamente à Presidência da República é responsável por “planejar e executar ações, inclusive sigilosas, relativas à obtenção e análise de dados para a produção de conhecimentos destinados a assessorar o presidente”.
Caiado acredita que diante do que será apresentado, o Brasil poderá saber o verdadeiro grau de conhecimento que existia no Palácio do Planalto sobre o Petrolão, nome dado ao escândalo de corrupção que durante anos a fio sangrou os cofres da estatal, operação que contou coma conivência dos palacianos.
“Ora, se a função da ABIN é levar conhecimento à presidente daquilo que está ocorrendo, vamos pedir esses relatórios que devem existir sobre um crime que há indícios por todas as partes. Se não houver informações, então não há razão de a ABIN existir”, comentou o democrata.
Caiado também argumenta que, uma vez aprovado, este poderia ser o caminho pelo qual a comissão descobriria definitivamente o quanto que havia de engajamento da presidente Dilma no esquema. As revelações poderiam revelar a culpa da mandatária pelos crimes de prevaricação, ou mesmo de responsabilidade.
“Quanto mais se apura, mais próximo o esquema está do Palácio do Planalto. Precisamos chegar ao fim de linha desse propinoduto e cada vez que avançamos descobrimos que ele aponta diretamente para a Presidência da República”, concluiu.
É importante destacar que a ABIN pode não repassar dados que comprometam o governo, em especial Luiz Inácio da Silva, o lobista Lula, e a presidente Dilma Rousseff, que desde a eclosão do Mensalão do PT concordaram com a criação de um novo esquema criminoso capaz de manter sob o manto da obediência a chamada base aliada.
Dilma e Lula devem explicações aos brasileiros sobre o maior escândalo de corrupção da história nacional, mas até agora se limitaram a fazer declarações pífias e que não correspondem à verdade.
Fosse o Brasil um país minimamente sério, as autoridades que autorizaram a implantação de um carrossel de corrupção em algumas diretorias da Petrobras já estariam atrás das grades.
A Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, que desmontou o esquema criminoso, só foi possível porque o empresário Hermes Magnus e o editor do UCHO.INFO, jornalista Ucho Haddad, denunciaram, em 2009, os crimes cometidos no embrião do Petrolão, à época comandado pelo então deputado federal José Janene (PP-PR) e por Alberto Youssef, doleiro que encontra-se preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba e tem revelado detalhes do esquema de corrupção na esteira de acordo de delação premiada.