Com o apoio da oposição, presidente da CPMI da Petrobras está a um passo de tornar-se ministro do TCU

vital_dorego_03Vergonha nacional – Na manhã desta terça-feira (2), o Senado Federal referendou mais uma lambança do governo petista de Dilma Rousseff, com a ajuda dos partidos da oposição. Em sessão que reuniu a totalidade dos integrantes, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou, por unanimidade (25 votos), a indicação do senador Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB) para o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).

Presidente da CPI e da CPMI da Petrobras, Vital do Rêgo vem recebendo severas críticas dos oposicionistas por atender os interesses do governo nas duas comissões criadas para investigar a roubalheira na estatal, mas teve sua indicação ao TCU referendada inclusive por todos os senadores da CAE. Paraibano de Campina Grande, Vital completou 51 anos em setembro passado e ficará no Tribunal até os 70 anos, quando deixará o cargo de maneira compulsória.

Nos próximos dezenove anos, o senador peemedebista julgará as barbaridades cometidas pelo governo de Dilma Rousseff, mesmo sendo um aliado de primeira hora da petista que conduziu o Brasil à vala da crise econômica, situação que surgiu a partir da incompetência dos palacianos. Depois de fracassar na corrida ao governo da Paraíba, Vital do Rêgo foi recompensado com a indicação ao TCU, o que mostra que o fisiologismo é a especialidade primeira do desgoverno Dilma. A indicação precisa ser referendada pelo plenário do Senado Federal, o que deve acontecer ainda nesta terça-feira.

Vital do Rêgo substituirá o ministro José Jorge, que aposentou-se compulsoriamente ao completar 70 anos, e terá a incumbência de avançar na relatoria dos processos de investigação envolvendo a Petrobras, a começar pela compra superfaturada da obsoleta refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). O TCU é composto por nove ministros, sendo três indicados pela Câmara dos Deputados, três pelo Senado e três pelo presidente da República. A vaga de Vital do Rêgo é do Senado, mas coube ao Palácio do Planalto comandar a manobra que antecedeu a indicação.

Antes de indicar Vital para o TCU, o Palácio do Planalto pensava em acomodar a “companheira” Ideli Salvatti no órgão fiscalizador, mas a petista que atualmente ocupa a Secretaria de Direitos Humanos, é “persona non grata” entre os senadores. Isso porque Ideli, enquanto ministra da secretaria de Relações Institucionais, cultivou animosidades no Senado, em especial na bancada do PMDB, decisiva para aprovar uma indicação do gênero.

Ademais, indicar Ideli Salvatti para o TCU seria o mesmo que colocar uma dúzia de raposas para tomar conta de um galinheiro com uma só galinha. Sem contar que como senadora Ideli foi uma ode à incompetência, além da sua bizarra e nauseante obediência ao então presidente Luiz Inácio da Silva, o lobista Lula.

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