Prova dos nove – Durante a campanha eleitoral, o Partido dos Trabalhadores tentou colocar sobre o palanque a crise hídrica que afeta o estado de São Paulo, unidade da federação que a legenda tenta tomar de assalto há alguns anos. Dilma Rousseff e o ex-ministro Alexandre Padilha (Saúde) exploraram sem sucesso a estiagem que tem causado transtornos não apenas ao mais importante estado brasileiro, mas à região Sudeste, pois os eleitores não caíram na esparrela petista. Até porque, o problema da falta de chuva na região é um problema climatológico, não meteorológico ou político.
Enquanto os candidatos petistas abusavam do jogo rasteiro e insistiam no tema, o prefeito da cidade de São Paulo, Fernando Haddad, teve tempo de preparar a capital paulista para os estragos provocados pelo período chuvoso. Nesta quarta-feira (10), as águas de Pedro mostraram a incompetência de um gazeteiro conhecido, já que bastou uma forte chuva para a maior cidade brasileira entrar em estado de atenção para alagamentos. A região de Itaquera, na Zona Leste paulistana, onde foi registrada chuva mais intensa, está em estado de alerta. De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), o córrego Verde, nas imediações da Avenida Jacu-Pêssego com a Avenida Imperador, transbordou.
Os bairros paulistanos mais afetados pelo temporal são: Cidade Tiradentes, Guaianases, Itaim Paulista, Itaquera, São Mateus, São Miguel Paulista e Vila Prudente. Segundo o Corpo de Bombeiros, um veículo foi arrastado pelas águas da enchente na esquina da Avenida Líder com a Avenida Itaquera, mas não houve vítimas.
Por volta das 17 horas, a cidade de São Paulo apresentava seis pontos de alagamentos, sendo quatro intransitáveis. Sucateada pela administração pífia de Fernando Haddad, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que às 17 horas a cidade registrava 152 km de lentidão, índice acima da média prevista para o horário. O MapLink, que monitora 2.212 km de vias na cidade, registrava às 18 horas 625 km de congestionamento.
Caos anunciado
A confusão que se formou em São Paulo é resultado de uma miscelânea de fatores, muitos dos quais de responsabilidade direta do governo federal, que em dezembro de 2008 incentivou os cidadãos a mergulharem no universo do consumismo. Com os incentivos fiscais ao setor automobilístico, a capital dos paulistas viu a frota de veículos aumentar de forma assustadora em questão de meses. Fora isso, o consumo exacerbado produziu, na sequência, um aumento descomunal na produção de lixo, sem que a população tivesse educação à altura para lidar com um problema dessa magnitude.
Quando Lula usou os meios de comunicação para cobrar dos brasileiros o aumento do consumo como forma de minimizar os efeitos da crise global, o UCHO.INFO alertou os palacianos para o perigo da medida, pontuando alguns dos problemas que surgiriam no curto prazo. Naquele momento, Lula e sua claque se limitaram a dizer que torcíamos contra, o Brasil, como se isso fosse crível.
Um dos pontos que destacamos ao governo foi a elevação da produção de lixo, sem que as autoridades se preocupassem com a logística reversa, que se adotada teria evitado muitos dos problemas que provocam estragos nas grandes cidades do País. O que se viu nas ruas paulistanas nesta tarde de quarta-feira foi acúmulo de lixo nas calçadas e bueiros sem a devida manutenção por parte da prefeitura.
Fanfarrice oficial
Há dias, durante a sessão que aprovou o texto-base do PLN 36/2014, que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias e anula a meta de superávit primário, o deputado Silvio Costa (PSC-PE), um dos inúmeros capachos políticos do Palácio do Planalto, disse em plenário, ao defender o absurdo cometido pelo governo de Dilma Rousseff, que o estado de São Paulo dependia da aprovação da matéria para garantir água à população. Um absurdo desmedido, já que o empréstimo concedido pelo BNDES para investimento no sistema de abastecimento de água do estado beneficiou duas empreiteiras que farão as obras necessárias e que estarão prontas possivelmente em 2018.
Resumindo, São Pedro decidiu colaborar, mas Fernando Haddad, um dos postes de Lula, insiste em viver agarrado à incompetência. Coitados dos alunos da Universidade de São Paulo que a partir de 2015 terão Haddad como professor.