Joaquim Barbosa critica decisão de Dilma de consultar o Ministério Público para nomear ministros

joaquim_barbosa_26Tiro ao alvo – Ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa saiu do ostracismo em que mergulhou depois que deixou a Corte. No microblog que mantém no Twitter, Barbosa afirmou nesta segunda-feira (22) que o Ministério Público Federal não é um “orgão de assessoria” da presidente Dilma Rousseff. O ministro aposentado afirmou também que há “sinais claros” de que Dilma é carente de auxiliares ‘minimamente lúcidos’ para ajudar na escolha dos ministros do segundo mandato.

A mensagem foi publicada na rede social após a presidente Dilma afirmar, durante encontro com jornalistas no Palácio do Planalto, que recorrerá ao Ministério Público Federal antes de nomear novos ministros. Isso se deve às denúncias que alcançaram integrantes da base aliada de participação no escândalo do Petrolão.

“Onde estão os áulicos tidos como candidatos a uma vaga no STF, que poderiam esclarecer: Ministério Público não é órgão de assessoria!!!”, escreveu Barbosa. “Há sinais claros de que a chefe de Estado brasileiro [Dilma] não dispõe de pessoas minimamente lúcidas para aconselhá-la em situações de crise”, emendou.

Na opinião de Joaquim Barbosa, há “degradação institucional” na decisão de Dilma anunciar que consultará o MPF antes de nomear alguns ministros.

Durante o costumeiro café natalino com os jornalistas que cobrem o cotidiano do Palácio do Planalto, Dilma disse que consultará o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para saber se há no rol de denunciados pelos delatores da Operação Lava-Jato algum político na iminência de ser nomeado ministro de Estado.

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Jogo de cena

Quando o UCHO.INFO afirma que Dilma está à frente de um desgoverno, a esquerda verde-loura torce o nariz e aciona os terroristas cibernéticos para ataques covardes ao site que tornou-se “A MARCA DA NOTÍCIA”. A presidente reeleita tenta minimizar a crise institucional em que está mergulhada, por isso faz anúncios estapafúrdios, como o da manhã desta segunda-feira.

O Ministério Público, como diz o próprio nome, é um órgão de defesa da sociedade, não um instrumento de governo para checar a folha corrida de ministros e apaniguados. Para isso existem dois órgãos, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI) e a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), que por dever de ofício têm de checar todos os antecedentes dos indicados para cargos de confiança no âmbito da máquina federal.

Esse anúncio de Dilma Rousseff é embusteiro, pois a presidente deveria ter feito o mesmo com o “companheiro” Eduardo Gaievski, o pedófilo que a então ministra Gleisi Hoffmann levou para a Casa Civil como assessor especial. À época investigado por dezenas de estupros cometidos contra meninas menores de idade, Gaievski foi nomeado para cuidar dos programas federais voltados a jovens e adolescentes. A presidente pode enganar a parcela incauta da população, sempre anestesiada pelo programa Bolsa Família, mas querer que a massa pensante caia nessa esparrela é excesso de ousadia.

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