Hora da verdade – Aumentou em dezembro deste ano o índice de famílias endividadas e inadimplentes, na comparação com o mês anterior. Mesmo assim, na comparação com dezembro de 2013, houve queda no número de famílias nessas condições, de acordo com a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A proporção de famílias com algum tipo de dívida ficou em 59,3% em dezembro, acima dos 59,2% de novembro, mas abaixo dos 62,2% de dezembro do ano passado. O percentual de famílias muito endividadas passou de 11,6% para 10,8% em comparação com dezembro de 2013. Essa redução no quesito “muito endividadas” é reflexo do uso do décimo terceiro salário para a liquidação ou amortização de pendências financeiras. Tanto é assim, que a expectativa do comércio varejista para as vendas de final de ano não é das mais animadoras. O volume menor de dinheiro destinado às compras reduziu o valor médio dos presentes de Natal.
A maior parte das dívidas está relacionada ao cartão de crédito (74,6%), aos carnês (18%), ao financiamento de automóveis (14,5%) e ao crédito pessoal (9,6%). A maior parte das famílias (52,2%) compromete de 11% a 50% de sua renda com dívidas, fruto da sandice inaugurada por Lula, em dezembro de 2008, de empurrar os brasileiros na vala do consumismo, ação irresponsável que só foi possível por causa do chamado crédito fácil.
Em outro vértice da crise, o índice de famílias inadimplentes, com dívidas ou contas em atraso, ficou em 18,5% em dezembro deste ano, contra os 18% de novembro deste ano, mas inferior aos 20,8% de dezembro de 2013. O tempo médio de atraso das dívidas é sessenta dias.
A pesquisa da CNC também mostrou o percentual de famílias que não terão condições de pagar suas dívidas: 5,8%. O índice está acima dos 5,5% de novembro deste ano e abaixo dos 6,5% de dezembro do ano passado. De novo o décimo terceiro salário entra em cena, assim como essa situação explica a queda de captação da caderneta de poupança. Os brasileiros deixaram de economizar para quitar dívidas futuras. Apesar desse cenário cada vez mais preocupante, Dilma Rousseff insiste em dizer que a política de distribuição de renda do governo é um estrondoso sucesso, não sem antes destacar a valorização do salário do trabalhador.
Quando o UCHO.INFO, ainda em 2008, alertou para o perigo que representavam as medidas do então presidente Lula para estimular a economia e enfrentar os efeitos colaterais da crise global, os palacianos se limitaram a dizer que este site torce contra o Brasil.
Na ocasião, perceber o estrago futuro não exigia qualquer dose extra de raciocínio, pois enfrentar uma crise econômica sem geração efetiva de riqueza é caso para camisa de força. Acreditando ser um dos herdeiros de Aladim, o gênio da lâmpada maravilhosa, Lula seguiu adiante na empreitada que colocou a economia brasileira a um passo do precipício da crise. Mesmo assim, ele coleciona títulos de doutor honoris causa, possivelmente porque comandou o período mais corrupto da história nacional.