Comércio registra pior desempenho em onze anos e mostra que Dilma sofre de mitomania irreversível

comercio_05Radiografia do equívoco – Quando o UCHO.INFO afirmou que a estratégia do governo do PT para enfrentar os efeitos da crise global (2008-2009) era equivocada e populista, não sem antes ser burra, os palacianos se limitaram a nos acusar de torcer contra o Brasil. Sabem os leitores que o nosso compromisso primeiro é com a verdade dos fatos, sempre a reboque de análises realistas e claras. Não se trata de bola de cristal, mas, sim, de enxergar o óbvio que desfila diante de olhos minimamente atentos.

Apostando no consumismo como forma de reverter a crise, Luiz Inácio da Silva, o apedeuta lobista Lula, assessorado por Dilma Rousseff, pegaram carona no fato de que seria contemplada a demanda de consumo das classes menos favorecidas, o que fez com que a dupla fosse elevada à categoria de salvadores da pátria. A fórmula petista não poderia durar muito tempo, até porque o mais desavisado economista sabe que esse tipo de medida não funciona. Afinal, gerar consumo sem produção de riqueza é suicídio político.

Nos últimos anos, em que Dilma concordasse com o fracasso do seu governo, a crise foi corroendo lentamente salários e reservas financeiras dos cidadãos, cenário que acabou refletindo na economia como um todo. A bordo de mais de duas dúzias de fracassadas medidas de estímulo à economia, a presidente da República e seus assessores ignoraram a realidade e venderam aos brasileiros incautos a ideia de que o Brasil é a versão tropical e remodelada do País de Alice, aquele das maravilhas. Como os números não mentem jamais, em especial os da economia, o caos agora toma conta da cena.

Em 2014, o movimento de consumidores no comércio varejista cresceu 3,7%, na comparação com o ano anterior, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio. Foi o menor ritmo de crescimento do varejo dos últimos onze anos, suplantando apenas as variações anuais de 2002 (-4,95) e 2003 (3,1%). No período entre 2004 e 2014, o menor crescimento do comércio varejista foi registrado em 2013, com alta de 5,2%.

No passado, o crescimento do varejo foi liderado pelo setor de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (expansão de 3,9%) e pelo de tecidos, vestuário, calçados e acessórios (alta de 3,4%). O setor de combustíveis e lubrificantes subiu 1,2% de janeiro a dezembro de 2014. O segmento de móveis, eletroeletrônicos e equipamentos de informática acumulou alta de 0,9%, enquanto que o de veículos, motos e peças acumulou crescimento de 0,4%. No contraponto, confirmando alerta do site, as lojas de material de construção tiveram queda de 6,5% no movimento no ano que se despediu há dias.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, o fraco desempenho do comércio em 2014 decorre da alta das taxas de juro ao consumidor, da alta da inflação, em especial no primeiro semestre do ano, e do recuo do grau de confiança dos consumidores em assumir novas dividas.

Em dezembro de 2008, quando o fanfarrão Lula ocupou os meios de comunicação para empurrar os brasileiros na vala do consumismo, o UCHO.INFO alertou para o perigo de uma conjunção de fatores, como crédito fácil, endividamento recorde das famílias e inadimplência elevada. Como o ex-metalúrgico sonhava em deixar o Palácio do Planalto sem as feridas da crise, a saída foi apelar para a irresponsabilidade daqueles que viam no então presidente uma reedição de Messias. Acontece que esse tripé macabro (crédito fácil, endividamento e inadimplência) ainda continua fazendo estragos na economia, a ponto de afugentar a população do consumo.

Não faz muito tempo, o editor do site afirmou, sem medo de errar, que os brasileiros estavam consumindo menos e mudando o hábito de consumo, substituindo produtos e trocando marcas, principalmente porque a inflação real, que está muito acima da oficial, tem corroído o salário do trabalhador, que voltou a conviver com o enfadonho binômio do fim do dinheiro e a continuidade do mês.

Mesmo assim, Dilma enfatizou durante a campanha pela reeleição o empenho do seu governo para valorizar o salário do trabalhador. Apenas para lembrar, o Departamento de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) calculou como sendo o salário ideal, em novembro de 2014, o valor de R$ 2.923,22. Apesar dessa temerosa realidade, Dilma teve os votos de 54 milhões de eleitores. O que explica a teoria de que cada povo tem o governante que merece.

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