Preço do petróleo cai mais uma vez, inviabiliza o pré-sal e deixa a educação à beira do caminho

petroleo_26Calvário anunciado – Ao perceber que seu primeiro governo começava a naufragar, a reeleita Dilma Rousseff apelou ao imponderável e vinculou os investimentos na Educação aos dividendos do pré-sal. Aliás, os recursos oriundos das profundezas marítimas passaram à condição de solução definitiva para os muitos problemas brasileiros. Tanto é assim, que a saúde pública acabou pegando carona em projeto de lei, aprovado no Congresso Nacional, que partilha entre ambos os setores [Saúde e Educação] o dinheiro advindo do milagroso pré-sal.

Quando o governo brasileiro, à época comandado por Lula, começou a abusar da gazeta no rastro das novas reservas petrolíferas, o UCHO.INFO não demorou a afirmar que qualquer lucro do pré-sal demandaria tempo e dependeria dos preços do petróleo no mercado internacional. Em longa conversa com geólogos da estatal, o editor do site descobriu que o pré-sal só seria viável economicamente se o preço do petróleo no mercado internacional estivesse acima de US$ 80 o barril. Isso porque cada barril de petróleo extraído do pré-sal custa entre US$ e US$ 70.

O governo brasileiro e a diretoria da Petrobras sempre souberam disso, mas preferiram embarcar no ufanismo, enganando mais uma vez a opinião pública nacional, que acreditou que o pré-sal seria a salvação da pátria.

Nesta segunda-feira (12), o petróleo foi comercializado em Londres e Nova York abaixo dos US$ 50 por barril, cotação considerada recorde. Isso significa que as empresas que formaram um consórcio para explorar o pré-sal estão pagando para tirar petróleo das profundezas do oceano. O segmento petróleo é um negócio de médio e longo prazos, mas nenhuma empresa será capaz de sangrar o caixa em um cenário de incertezas.

Especialistas afirmam que a trajetória de queda do preço do petróleo no mercado internacional deve continuar por algum tempo, o que significa que no mesmo período o pré-sal brasileiro será um péssimo negócio. Há algumas razões para a queda na cotação do petróleo, mas a principal delas e a decisão da Arábia Saudita de aumentar a produção do produto como forma de encurralar os Estados Unidos, que passaram a explorar as jazidas de xisto por meio de processo conhecido como fraturamento hidráulico.

Para a economia global a decisão da Arábia Saudita, principal membro da OPEP, é positiva, pois viabiliza novos investimentos em diversos setores, mas para os que apostaram no pré-sal brasileiro é uma ducha de água fria.

No âmbito da Petrobras, a queda do preço do petróleo no mercado internacional é uma faca de duas pontas. Por um lado a estatal brasileira gastará menos na importação de combustíveis, decisão tomada na esteira da redução do IPI que incide sobre automóveis. Por outro, a Petrobras perde dinheiro porque além de exportar petróleo, precisa desembolsar mais recursos para bancar a exploração do pré-sal.

A situação da Petrobras é tão crítica em termos financeiros, que a direção da empresa estuda a possibilidade de vender lotes de sua participação no consórcio do pré-sal para fazer caixa. Isso porque o Petrolão é mais uma invenção da elite direitista e da imprensa golpista

Enquanto o mercado internacional de petróleo desce a ladeira e a Petrobras tenta equilibrar suas combalidas finanças, a educação brasileira continuará na fila à espera de investimentos oficiais que melhorem a qualidade do ensino no País.

Um dia, Lula achou que poderia circular pelo planeta como “xeique tupiniquim” do petróleo. Mais adiante, Dilma, a especialista em energia, acreditou que a incerteza do pré-sal era a solução da vergonhosa educação nacional. Enquanto nada disso produzia resultados, a bandidagem oficial aproveitou para saquear os cofres da Petrobras no embalo do maior escândalo de corrupção da história verde-loura. Em qualquer país minimamente sério, Lula, Dilma Rousseff e Maria das Graças Foster estariam presos e com os bens indisponíveis. No Brasil…

apoio_04