Jogo covarde – Na campanha presidencial de 2014, a petista Dilma Vana Rousseff fez o que costumeiramente qualquer político faz: vendeu vento em meio à tempestade. Isso porque a presidente reeleita prometeu aquilo que sabia ser impossível de cumprir. A única saída para cumprir as promessas era afundar ainda mais o Brasil no atoleiro da crise, em tempo muito menor. O que acontecerá ao longo dos próximos meses no rastro das medidas anunciadas pela equipe econômica, que apesar da competência dos seus integrantes não conseguiu resgatar a credibilidade de um governo que açoitado diuturnamente por grave crise institucional.
Não bastasse o pacote de maldades anunciados pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na segunda-feira (19), assunto que será alvo de matéria do UCHO.INFO, a presidente Dilma decidiu vetar a correção de 6,5% da tabela do Imposto de Renda, matéria aprovada pelo Congresso Nacional. Na ocasião, os palacianos defendiam correção de 4,5%, o que mostra a volúpia arrecadatória de um governo incompetente, paralisado e corrupto, sem capacidade de fazer os investimentos necessários.
O veto à Medida Provisória que trata da correção da tabela do Imposto de Renda para pessoa física foi publicado na edição desta terça-feira (20) do Diário Oficial da União. A correção da tabela do IR foi uma das promessas de Dilma durante a campanha à reeleição. Não tivesse ocorrido o veto à MP, pessoas que ganham até R$ 1.903,98 ficariam isentas de Imposto de Renda. O teto atual de isenção é de R$ 1.787,77.
Ao justificar o veto, a presidente destacou que a medida representaria renúncia fiscal, ou seja, menos pessoas pagariam o imposto, sem qualquer indicação de meios para compensar essa anunciada perda de receitas. Ora, se Dilma se agarra a essa alegação para justificar o veto à MP é porque o seu governo não trabalha para a valorização do salário do trabalhador, que de forma paulatina perde o poder de compra no rastro da peçonha da inflação.
Ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, o petista Pepe Vargas disse na manhã desta terça-feira aos jornalistas, que o espaço fiscal do governo para o reajuste da tabela do IR é de 4,5%. “O governo anunciou sua disposição que é o que cabe dentro do espaço fiscal que temos hoje, em um reajustamento em 4,5%. O Congresso mudou para 6,5%. Mas isso sempre foi assim. […] Sempre tem alguém que diz que o reajuste pode ser melhor. O espaço fiscal que temos é 4,5%, e o governo tende a encaminhar uma nova MP ao Congresso pedindo reajuste de 4,5% na tabela do IR, por agora, nos próximos dias, com certeza”, disse Vargas.
A insistência do governo em manter na casa de 4,5% o reajuste da tabela do Imposto de Renda evidencia o equívoco da política econômica adotada por Dilma Rousseff ao longo dos últimos quatro anos, período em que o UCHO.INFO fez seguidos alertas para o perigo que rondava o País. A inflação oficial encerrou o ano próximo do teto da meta (6,5%), mas o governo que penalizar o trabalhador com um reajuste menor.
A única parcela positiva dessa decisão obtusa do governo é que o brasileiro começa a perceber que o PT está definhando e que jamais foi a solução derradeira para os problemas do universo, como fez acreditar o embusteiro Luiz Inácio da Silva, o desaparecido lobista de empreiteira.