Turista acidental – O discurso oportunista e radical de esquerda e as continuas menções à Carta de Puebla (documento do Vaticano que determina a opção preferencial pelos pobres), não impedem que o senador Roberto Requião (PMDB-PR) desfrute as boas coisas da vida à custa do contribuinte. Levantamento produzido pelo jornal Gazeta do Povo revela que Requião foi o senador que mais viajou nos últimos quatro anos. Esteve fora do Brasil durante 146 dias, quase cinco meses, em 37 viagens. Nesse período, o peemedebista embolsou R$ 116,5 mil só em diárias pagas pelo Senado Federal.
A maioria dessas viagens foi feita a pretexto de compromissos com o Parlasul, o fantasmagórico Parlamento do Mercosul, de função desconhecida no mundo real. Requião também viajou com frequência para lugares emoldurados pelo glamour, como a Itália e ilhas gregas.
O Uruguai, sede do Parlasul, foi o país mais visitado pelo senador paranaense. Foram treze viagens para o país vizinho. Ele participou de atividades relacionadas à instituição em outros cinco países latino-americanos, nem todos filiados ao Mercosul, e também na Bélgica e na Suécia. Ao todo, Roberto Requião passou por 21 países da América, da Europa e da Ásia. Ele também foi reembolsado por atividades no Rio de Janeiro.
Quando viaja, Requião costuma assumir o papel de guia turístico, já que em sua conta no Twitter indica os melhores restaurantes para degustar o mais suculento “bife de chorizo”, as lagostas mais tenras e os vinhos mais adequados para acompanhar os regabofes aos quais se entrega à ombra do suado dinheiro do contribuinte.
Em sua última viagem a São Petersburgo (Rússia), o senador deslumbrou-se com os preços “muito acessíveis” do caviar e recomendou a todos que visitassem a cidade russa para aproveitar a pechincha. O gabinete de Requião foi o que mais recebeu verbas indenizatórias no ano passado entre os representantes da bancada paranaense. De acordo com o site oficial do Senado, foram R$ 309 mil com itens reembolsáveis, como passagens e diárias de viagem.