Petrolão: empreiteira ligada a Gleisi e Paulo Bernardo tropeça na teia de investigações da Lava-Jato

gleisi_hoffmann_30Lenha na fogueira – A Polícia Federal começou a investigar mais dez empreiteiras por envolvimento no Petrolão, o maior escândalo de corrupção da história da humanidade e que foi desmantelado no vácuo da Operação Lava-Jato, deflagrada pela Polícia Federal em março de 2014.

As novas investigadas são Andrade Gutierrez, Schahin, MPE Montagens Industriais, Alusa, Promon, Techint, Skanska, GDK S/A, Carioca Engenharia e Setal Engenharia Construções e Perfurações. A entrada do Grupo Schahin no olho do furacão da Operação Lava-Jato é uma péssima notícia para o casal Gleisi Helena Hoffmann e Paulo Bernardo da Silva. Senadora pelo PT paranaense, Gleisi já está implicada no escândalo pela denúncia dos delatores do Petrolão – é acusada de receber R$ 1 milhão do esquema criminoso –, pode ter suas conexões com o escândalo agravadas.

Em 12 de abril de 2014, o então deputado André Vargas, que acabava de ter sua ligação com o doleiro Alberto Youssef escancarada, fez gravíssimas acusações contra Gleisi e Paulo Bernardo (então ministro das Comunicações) em entrevista à revista Veja:

“Vargas insinuou que [Paulo] Bernardo é beneficiário do propinoduto que opera na Petrobras. O ministro, segundo o deputado, seria o intermediário de contratos entre o grupo Schahin, recorrente em escândalos petistas, e a petroleira. Bernardo teria recebido uma corretagem por isso, recolhida e repassada pelo “Beto”. É assim, com intimidade de sócio e amigo, que Vargas trata o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal sob a acusação de chefiar um esquema de lavagem de dinheiro que teria chegado a 10 bilhões de reais. Parte desse valor, como se revelou nas últimas semanas, são as propinas de negociatas na Petrobras”.

O envolvimento de Paulo Bernardo com o Grupo Schahin – que é associado à empreiteira Andrade e Gutierrez, grande financiadora das campanhas de Gleisi Hoffmann – seria profundo, segundo as denúncias de André Vargas à revista:

“O ministro, segundo o deputado, seria o intermediário de contratos entre o grupo Schahin, recorrente em escândalos petistas, e a petroleira. Bernardo teria recebido uma corretagem por isso, recolhida e repassada pelo “Beto”. É assim, com intimidade de sócio e amigo, que Vargas trata o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal sob a acusação de chefiar um esquema de lavagem de dinheiro que teria chegado a 10 bilhões de reais. Parte desse valor, como se revelou nas últimas semanas, são as propinas de negociatas na Petrobras.”

O Grupo Schahin, ainda de acordo com a Veja, seria useiro e vezeiro em lesar a Petrobras: “Em depoimento ao Ministério Público, Marcos Valério, operador do mensalão preso desde novembro, disse que a construtora Schahin simulou uma prestação de serviços para a Petrobras. A empresa pagou por esse serviço de fantasia a pedido do governo Lula, que Vargas teria usado o dinheiro desembolsado para comprar o silêncio de um empresário que ameaçava envolver o ex-presidente e outros petistas estrelados no misterioso assassinato de Celso Daniel, prefeito de Santo André.”

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