Atirando a esmo – Atolado no Petrolão, maior escândalo de corrupção da história da humanidade, o Partido dos Trabalhadores mantém a tradição de não combinar discursos. Cada “companheiro” fala o que quer, acreditando que o discurso é uníssono. Ex-presidente da República e agora atuando como lobista de empreiteira, Luiz Inácio da Silva é, como sempre afirma o UCHO.INFO no bom sentido, um animal político. Lula é experiente e nenhuma de suas ações é desprovida de interesse.
Com o impeachment de Dilma Rousseff já na “boca do povo”, Lula deflagrou um palavrório oportunista. Desde a última quinta-feira (5), quando participou de evento em comemoração aos 35 do PT, o ex-metalúrgico começou a defender a teoria absurda de que a oposição impulsiona o caos para chegar ao poder depois da derrota na corrida presidencial de 2014. Usando termos recheados de fanfarrice, como “atalhos para o poder”, Lula disse que é difícil um partido de esquerda governar um país como o Brasil.
“Não é fácil um partido de esquerda governar um país importante como o Brasil. Eles não querem nem deixar concluir o mandato da Dilma, tentando criar todo e qualquer processo de desconfiança. Querem que o PT seja desacreditado na sociedade brasileira”, disse o ex-presidente, como se esse devaneio refletisse a realidade. O PT mergulhou na lama da corrupção ao longo dos últimos doze anos, além de colocar a economia brasileira à beira do precipício, mas Lula tenta vender aos brasileiros incautos a ideia de que a crise institucional que chacoalha o País é obra da direita e da imprensa golpista, como sempre fazem os irresponsáveis petistas.
Enquanto Lula abusa do seu conhecido besteirol, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), acusada de envolvimento no escândalo do Petrolão, diz que o Brasil jamais viu a Polícia Federal e o Ministério Público Federal agindo sem a interferência do governo. Ex-chefe da Casa Civil, Gleisi não sabe o que fala, mas recorre ao discurso insano e de encomenda para salvar a própria pele. A senadora paranaense foi acusada pelos dois principais delatores da Operação Lava-Jato, Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, de ter recebido R$ 1 milhão do esquema criminoso que funcionava na Petrobras.
Meses depois da deflagração da Operação Lava-Jato, a presidente Dilma Rousseff disse, como forma de minimizar o estrago que o escândalo começava a produzir no governo, que o esquema de corrupção que funcionou na estatal durante pelo menos uma década estava sendo investigado porque ela autorizou a PF a agir. Ora, se a PF passou a investigar o Petrolão apenas porque o governo assim determinou, então não há golpe da direita e da imprensa, como sugere o ex-presidente Lula.
De igual modo, considerando que a PF está agindo no caso da Lava-Jato a mando do governo do PT, então a fala de Gleisi Hoffmann é desconexa e mentirosa. Aliás, desde que Lula chegou ao poder central em janeiro de 2003, o PT rasgou o discurso do passado e passou a mentir acintosamente, apenas porque o partido precisava colocar em marcha um projeto totalitarista de poder, que foi desmoronando simultaneamente aos casos de corrupção.
Fato é que Lula, Dilma e Gleisi faltam com a verdade quando tratam da Operação Lava-Jato, que só foi adiante porque a Polícia Federal e o Ministério Público decidiram resistir à pressão exercida nos bastidores pelo Palácio do Planalto, que de toda forma tenta tirar o PT do olho do furacão. Lembrando que a operação da PF só foi possível porque em 2009, ainda nos primórdios daquele ano, o editor do UCHO.INFO e o empresário Hermes Magnus denunciaram o esquema de corrupção criado por José Janene para substituir o malfadado Mensalão do PT. Com o avanço das investigações, que terão novos capítulos, a PF acabou descobrindo um esquema criminoso ousado que saqueou os cofres da estatal petrolífera.
O PT e os integrantes da cúpula do partido entraram em pânico desde que o UCHO.INFO afirmou em matéria de 29 de agosto que a Operação Lava-Jato haveria de subir a rampa do Palácio do Planalto, como acabou acontecendo. Com essa aproximação, mesmo que ainda sem confirmação oficial, a PF colocou na alça de mira a presidente Dilma Rousseff e seu sucessor, Luiz Inácio da Silva. É importante lembrar que na Casa Civil o Petrolão sempre foi assunto de conhecimento do staff presidencial, por isso mais pessoas próximas a Dilma e Lula devem cair no vácuo da operação policial.
Diante desse cenário, o PT determinou que os “companheiros” adotassem a estratégia do ataque, como melhor defesa, pois creem os envolvidos no escândalo que assim a população deixará de acreditar no que a Polícia Federal e o Ministério Público já revelaram e ainda têm a mostrar. É preciso destacar que na força-tarefa que surgiu na capital paranaense teve papel preponderante o juiz Sérgio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, que com base na legislação vigente garantiu o avanço das investigações.