Queda na popularidade de Dilma leva o governo ao desespero; palacianos tentam reverter o caos

dilma_rousseff_475Descendo a ladeira – Após divulgação da pesquisa Datafolha que mostrou estar em queda livre a sua popularidade, a petista Dilma Vana Rousseff manteve a longeva e estranha reclusão a que se submete e passou esta segunda-feira (9) em reunião no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República. Do encontro que tratou do tema participaram os ministros que dão expediente no Palácio do Planalto, além dos titulares das pastas da Defesa e das Comunicações, Jaques Wagner e Ricardo Berzoini, respectivamente.

O plano do núcleo duro do governo é tentar reverter esse cenário pouco animador, que pegou os palacianos de surpresa. O staff presidencial esperava que algum decréscimo ocorreria na aprovação da presidente, mas não imaginavam que no quesito “ruim ou péssimo” índice chegaria a 44%. Dilma estuda a possibilidade de fazer um pronunciamento à nação para despejar sobre a parcela incauta da população uma enxurrada de novas mentiras, mas não há como negar o inegável. O governo vive uma grave crise institucional e derrete juntamente com a Petrobras a cada novo capítulo a Operação Lava-Jato, deflagrada em março de 2014 e que desmontou um esquema de corrupção sem precedentes na história.

Desde as primeiras horas desta segunda-feira, integrantes do governo próximos à presidente da República tentaram defender a petista, mas é impossível fechar os olhos para os resultados da pesquisa Datafolha. Ministra da Secretaria de Direitos Humanos, a petista Ideli Salvatti disse ser “momentânea” a queda de popularidade de Dilma. A ministra é conhecida por defender o indefensável, mas é preciso doses mínimas de coerência para modular o próprio discurso. No máximo que Ideli Salvatti poderia afirmar é que a pesquisa de opinião apresenta o resultado de um momento, não que a queda de popularidade é momentânea.

“Avaliações são sempre momentâneas e estamos absolutamente convencidos de que vamos recuperar [a confiança do eleitor] com as medidas que vão ser adotadas ao longo deste primeiro ano de segundo mandato da presidenta”, disse a ministra.

Na opinião de Ideli Salvatti, o anúncio do pacote de maldades e os desdobramentos do Petrolão interferiram nas avaliações da população. “Mas da mesma forma que impactam negativamente, as ações que serão adotadas e praticadas pelo governo da presidenta Dilma, não tenho a menor dúvida, farão sua avaliação subir novamente”, afirmou a ministra.

Ora, se o pacote de maldades e a corrupção na Petrobras foram os responsáveis pela queda da popularidade de Dilma, a ministra deve se preparar porque a chance de esse movimento descendente tem ingredientes para continuar sua trajetória. Afinal, as denúncias contra os políticos envolvidos no Petrolão serão conhecidas depois do Carnaval. Isso fará com que a situação piore ainda mais.

A onda de desespero que se instalou na sede do governo é explicável. A pesquisa Datafolha mostrou também que para 54% dos brasileiros a presidente da República é falsa. O levantamento também revelou que na opinião de 47% da população Dilma é desonesta, enquanto 46% creem que a petista é mentirosa. Esse resultado decorrer da percepção da população formada ao longo dos últimos anos, período em que o governo do PT chafurdou na lama da corrupção, deu as costas para o planejamento e colocou a economia brasileira no despenhadeiro da crise. Sendo assim, Ideli Salvatti teria feito um enorme favor ao Brasil se tivesse permanecido em silêncio.

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