Na matéria, o respeitado “Financial Times” menciona o depoimento de Pedro Barusco, ex-gerente de Engenharia da diretoria de Serviços da petroleira verde-loura, que reconheceu diante das autoridades que investigam o Petrolão ter recebido pessoalmente pelo menos US$ 200 mil da Rolls-Royce. Barusco afirma que outros executivos e políticos também ganharam propinas da fabricante, na esteira do maior escândalo de corrupção da história mundial.
Em declaração transmitida à agência France Presse, a Rolls-Royce afirma que não tolera “nenhum tipo de comportamento inadequado no processo de contratos” e afirmou que tomará “todas as atitudes necessárias para assegurar o cumprimento das leis”.
Em um segundo comunicado, a empresa afirma ainda não ter os detalhes das “alegações contidas em artigos recentes da imprensa e que não se aproximou de autoridades brasileiras”, na tentativa de aliciamento. A Rolls-Royce acrescenta que está disposta a colaborar com as autoridades de todos os países.
A empresa britânica é acusada em outros escândalos de suborno na China e na Indonésia. As ações da Rolls-Royce estavam em queda de 0,69% no pregão de Londres no final da manhã desta segunda-feira, o que mostra que o escândalo de corrupção desmontado pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, continua fazendo estragos ao redor do planeta.
Enquanto a maioria dos acusados de envolvimento no Petrolão continua negando os fatos, uma minoria continua soltando o verbo no vácuo de acordos de delação premiada, os quais só são referendados pela Justiça depois de checadas as informações reveladas pelos delatores. Negar é um direito de qualquer acusado, mas diante de provas e documento fica impossível fugir da responsabilidade.
A Operação Lava-Jato, como tem afirmado o UCHO.INFO, ainda está em seus primeiros capítulos, o que significa que os desdobramentos devem dificultar ainda mais a vida dos implicados no escândalo, começando por alguns integrantes do governo do PT.
Os palacianos estão há muito sem dormir direito, pois sabe-se que a Lava-Jato há de alcançar em breve as autoridades graúdas que participaram do esquema criminoso que saqueou dos cofres da estatal em aproximadamente R$ 88 bilhões, de acordo com a ex-presidente da empresa, Maria das Graças Foster.
