Crise piora com elevação do dólar e alta da inflação, mas Dilma continua mentirosa e soberba

inflacao_19Pedras no caminho – A crise econômica que chacoalha o Brasil e se agrava a cada dia parece não ter fim. Sem um cenário político favorável para a implementação do projeto de ajuste fiscal, a presidente Dilma Rousseff é obrigada a conviver com números econômicos pouco animadores. O que pode levar a petista a pensar nas trapalhadas que cometeu em seu primeiro e desastroso mandato. Cenário que pode se repetir até 31 de dezembro de 2018.

Nesta sexta-feira (6), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados sobre a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, De acordo com levantamento do órgão, a inflação oficial de fevereiro foi de 1,22%, abaixo do índice de janeiro (1,24%).

A situação mostra-se ainda mais preocupante quando analisada a inflação no intervalo de doze meses. Nesse período, o IPCA acumulado é de 7,70%, número que próximo à previsão do mercado financeiro para a inflação de 2015. Os especialistas já trabalham com a expectativa de que o IPCA deve encerrar o ano pouco acima de 8%, índice elevado para uma economia cada vez mais combalida.

Esse movimento de subida da inflação é fruto das equivocadas políticas econômicas adotadas pelo governo, especialmente no âmbito dos chamados preços administrados. Em 2013, na segunda metade do primeiro governo Dilma, o UCHO.INFO afirmou, sem medo de errar, que a ingerência palaciana nos preços da energia elétrica e dos combustíveis custaria caro aos brasileiros.

Naquele momento, quando o governo fazia suas absurdas manobras para maquiar a inflação, o objetivo da presidente Dilma era apenas com a reeleição. Por isso a petista abusou do populismo barato e das mentiras recorrentes. Sem ter mais o que fazer para ludibriar a opinião pública, o Palácio do Planalto jogou a toalha e deixou a bomba estourar no colo da população, como sempre acontece quando a crise sai do controle.

Para complicar ainda mais o cenário econômico nacional, nesta sexta-feira a moeda norte-americana operava em alta pelo quinto dia seguido, influenciada pela divulgação de dados sobre o emprego nos Estados Unidos. Em outro vértice do mercado financeiro, no mesmo momento a Bolsa de Valores (Bovespa) registrava queda. Próximo das 16 horas, o dólar comercial era vendido a R$ 3,0535, alta de 1,36% em relação à cotação do dia anterior. No mesmo horário, a Bovespa registrava queda de 0,91%, com 49.905 pontos.

Na tentativa de evitar a disparada da divisa estadunidense, o Banco Central realizou dois leiloes de swap cambial (contratos de venda futura de dólares). Um dos leilões faz parte do programa de atuação diária do BC, enquanto o outro serviu para a instituição rolar contratos com vencimento em abril.

Até meses atrás, ainda com Guido Mantega à frente do Ministério da Fazenda, o governo da petista Dilma Rousseff usava o dólar baixo para conter a disparada da inflação. A desvalorização moeda norte-americana servia para baratear as importações e, por consequência, atender a demanda interna de consumo. Agora, com o dólar valorizado, as importações ficam mais caras, o que compromete a inflação, mas em tese beneficia as exportações.

Teorias à parte, o dólar valendo mais não significa que o setor exportador sairá do atoleiro. Isso porque o mercado internacional continua andando de lado, sem contar que conquistar clientes no exterior não é uma tarefa que depende apenas do acionamento de um interruptor. Isso demanda tempo e determinação. Como a economia brasileira vive aos tropeços, dentro de algumas semanas a moeda ianque pode recuar, colocando por terra qualquer esforço dos exportadores.

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