Conversa fiada – O discurso enfadonho do “nós contra eles” há muito perdeu o prazo de validade, mas o Partido dos Trabalhadores decidiu ressuscitar o mantra, na esperança de convencer a população de que o descontentamento que varre o Pai é coisa da “elite golpista”, termo usado pelo falastrão Luiz Inácio da Silva diante de apuros políticos.
No último domingo (8), durante o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff, em várias cidades brasileiras ocorreu um panelaço, como forma de protestar contra o estado de coisas em que se encontra o País. Sem perder tempo, o PT acionou a sua claque de aluguel e retomou o discurso da elite golpista, como isso surtisse algum efeito prático. Os petistas contaram com um artigo do jornalista Juca Kfouri, nominado “Panelaço da barriga cheia e do ódio”. De acordo com Kfouri, que foi incensado por um punhado de esquerdistas, quem exige o fim da roubalheira e da crise econômica é contra o desgoverno petista de Dilma Vana Rousseff.
Não demorou muito e, na segunda-feira (10), Dilma foi recebida com vaias, em São Paulo, ao chegar ao pavilhão onde acontece uma feira do setor da construção civil. E quem vaiou a presidente da República foram trabalhadores, que para desespero de Juca Kfouri também discordam do estado em que se encontra o Brasil. Ou seja, a sociedade como um todo está descontente com o desgoverno petista e o avanço da corrupção no País.
Se há elite golpista no Brasil, essa é encabeçada pelo lobista Lula, um digno representante da burguesia, que se agarrou às benesses do capitalismo depois de duas décadas de um insano palavrório esquerdista. O Brasil ainda é uma democracia e por isso cada cidadão tem o direito de escolher a ideologia política que lhe convém, mas não se pode embarcar na teoria absurda do “nós contra eles”.
O que os brasileiros de bem precisam saber é que há nos bastidores do poder uma operação intensa e rasteira, comandada por Lula, para desestabilizar Dilma e seu staff. Tanto é assim, que Dilma está a buscar socorro até mesmo na oposição, com quem a petista não mantém boas relações. O que mostra a extensão da covardia que reina nas coxias da política nacional.
A situação da presidente é tão grave, que até mesmo uma conversa com Fernando Henrique Cardoso, o culpado de tudo, foi tentada para que Dilma conseguisse entender o que acontece no País. No momento em que um governante recorre à oposição como forma de salvar a própria pele, por certo a situação é muito mais crítica do que se imagina.
