Banditismo político adotado pelo governo e seus aliados transformou o Brasil em um bataclã de quinta

corrupcao_16Sem limites – Quando o UCHO.INFO afirma que a Operação Lava-Jato está no começo, não o faz apenas como figura de retórica, mas porque há muitos escândalos para surgir no vácuo da roubalheira que sangrou os cofres da Petrobras e deixou um prejuízo superior a R$ 88 bilhões para a estatal. Logo após a segunda leva de denúncias sobre o esquema de corrupção que culminou com a operação da Polícia Federal, feitas no começo de 2009, o editor do site informou que tentáculos da quadrilha, que tinha o então deputado federal José Janene como operador-mor, iam além da petroleira.

Afirmamos na ocasião que os setores elétricos e de seguros compunham o cenário criminoso montado com a anuência de Luiz Inácio da Silva e que serviu para garantir apoio ao petista no Congresso Nacional. Da mesma maneira, insistimos ao longo dos últimos anos que o Mensalão do PT não era um escândalo isolado, mas eu tinha conexões com o imbróglio que terminou com a morte de Celso Daniel, então prefeito de Santo André, e com a Operação Satiagraha, que mandou meia dúzia de poderosos para a prisão, mesmo que por poucas horas, e a Operação Castelo de Areia, que por pouco não alcança Michel Temer, vice-presidente da República, em um esquema de propinas patrocinado pela construtora Camargo Corrêa. Sem contar as barbaridades que emolduram as ONGs e os desmandos cometidos na porção brasileira da binacional hidrelétrica de Itaipu, conhecida como a caixa preta do governo federal.

Nesse tempo, o UCHO.INFO não apenas sofreu pressões covardes e ataques sórdidos, mas teve seus integrantes acusados de transtornos psicológicos e de torcer contra o Brasil. Algumas acusações partira de jornalistas que atuam na grande imprensa, apenas porque ficavam atrás do nosso conhecido ineditismo. Outras partiram de integrantes do governo, que por meio de prepostos bandoleiros se valeram de ameaças e intimidações.

Gangsteres do setor elétrico

Deflagrada nesta quarta-feira (15), concomitantemente à décima segunda etapa da Lava-Jato, a Operação Choque, da Polícia Federal, que prendeu Winter Andrade Coelho, ex-diretor da Eletronorte, é a prova primeira que confirma as nossas denúncias. Winter foi levado pela PF sob a acusação de integrar um esquema de propina na estatal, sendo que o dinheiro imundo chegava aos seus bolsos por meio de empresas de familiares, as quais eram destinatárias do suborno pago por fornecedores da companhia. Também foi detido Carlos Eduardo Andrade Macedo, parente de Winter.

Funcionário de carreira da Eletronorte, Winter ocupou cargos de confiança na Eletrobras por indicação do senador Valdir Raupp (PMDB-RO). Em 2005, Raupp indicou-o para a diretoria de gestão corporativa da Eletronorte, mas a indicação esbarrou em Dilma Rousseff. Então ministra de Minas e Energia, Dilma vetou a indicação por conta dos muitos processos a que Winter respondia na Justiça e no TCU (Tribunal de Contas da União). As prisões são temporárias, de cinco dias com prorrogação de mais cinco.

A assessoria do senador Valdir Raupp negou a indicação de Winter para cargos de chefia na Eletronorte, mas admitiu que ambos se conhecem do Congresso Nacional.

Fim da ladeira

O Brasil vive um momento de degradação política, que passa pelas searas do banditismo e da impunidade, mas é inadmissível que suspeitos de envolvimento em casos de corrupção continuem dando as cartas, como se o País fosse uma casa de lupanar, onde o rufião é incensado como se fosse uma divindade.

Os brasileiros de bem precisam retomar o comando do País, sob pena de a situação piorar sobremaneira, sem que a Justiça possa agir como determina a legislação vigente. Isso porque há nos bastidores do poder um movimento para levar todos os escândalos de corrupção para o ralo, sem que os responsáveis pela roubalheira sejam punidos. De nada adianta prender e condenar os que integram a raia miúda da bandalheira, se os mandantes continuam leves e soltos.

Em outras palavras, é preciso colocar Luiz Inácio da Silva e Dilma Rousseff no rol de investigados, pois há provas mais que suficientes para tanto. Basta coragem por parte das autoridades.

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