Brigando por dinheiro – Allianz Parque, antigo Palestra Itália, tornou-se uma grande fonte de renda para o Palmeiras após o fim de sua reforma em 2014. Com custo superior a R$ 600 milhões, o estádio é alvo de ação na Justiça patrocinada pela empresa Plurisports que tenta, com base em contrato datado de 1997, cobrar até R$ 6 milhões do clube referentes a serviços prestados na reforma da casa alviverde.
A empresa firmou contrato de consultoria para a elaboração de um projeto de reforma do estádio do Palmeiras em 1997 e, com base no documento, teria direito a 1% de todos os recursos captados pelo clube e investidos na construção da nova arena esportiva. Além disso, a Pluricorp também recebeu remuneração fixa pela consultoria prestada.
A porcentagem recai sobre o valor investido pela WTorre, construtora do estádio, que foi superior a R$ 600 milhões. Assim, o valor pedido na ação judicial poderia chegar a cerca de R$ 6 milhões.
Segundo a diretoria do clube, o Palmeiras jamais aceitou essa cláusula, ressaltando que, caso tivesse aceitado, a Plurisports não teve participação ativa na captação de qualquer investidor, não foi responsável pelo acordo com a Wtorre, ocorrido mais de 10 anos depois e, por isso, não teria direito ao 1%, mesmo se o contrato fosse válido.
A juíza Maria Fernanda Belli, da 25ª Vara Cível de São Paulo, decidiu em favor do Palmeiras na primeira instância. Na decisão, ela considera que o Palmeiras aceitou sim a cláusula, mas a empresa, de fato, não teve nenhuma participação na parceria com a WTorre, já que o contrato entre a Plurisports e o alviverde teria vencido em 2006.
A empresa então decidiu recorrer alegando que tem direito a receber o valor. O recurso aguarda julgamento no Tribunal de Justiça de São Paulo.
Atualmente, o Allianz Parque tem a segunda melhor média de público do Campeonato Paulista (27,7 mil por jogo), atrás apenas da Arena Corinthians (28,2 mil). (Por Danielle Cabral Távora)
