Na contramão dos países emergentes, poder de compra do brasileiro recuou 0,5% em 2014

consumo_32Calculadora impiedosa – Nesta segunda-feira (4), o jornal “Folha de S. Paulo” divulgou levantamento que mostra o recuo de 0,5% do poder de compra do brasileiro em 2014, na comparação com o ano anterior. O fim do ciclo de elevação dos preços de produtos exportados pelo Brasil e a ausência de reformas na economia contribuíram para o resultado negativo, colocando o país no sentido contrário ao de outros emergentes, como Taiwan, Coreia do Sul, Chile e Uruguai, que viram nos últimos anos a renda de sua população aumentar.

A pesquisa foi feita com base no cálculo da Paridade de Poder de Compra (PPC), que equipara a capacidade de adquirir bens da população entre diferentes países. A renda americana é usada como referência para as comparações. Assim, a renda per capita do brasileiro foi de 29,5% da do americano em 2014. Em 2013, 2012 e 2011, o índice estava estacionado no nível de 30%.

O desenvolvimento é alcançado por um país quando a sua renda média se aproxima da de países ricos. O poder de compra dos chilenos, por exemplo, é de 42,1%, e dos uruguaios, de 37,7%, da fatia da renda média dos estadunidenses.

Nas décadas de 1950 e 1970, época da industrialização e urbanização, a evolução do Brasil para um país de renda média ganhou força. Em 1980, a renda per capita brasileira medida em PPC foi de 38% da americana. “O crescimento inicial é mais fácil. Você consegue evoluir acumulando capital. Mas, depois, o retorno sobre esse capital decresce e outras fontes são necessárias”, afirmou Filipe Campante, professor de políticas públicas da universidade de Harvard.

Especialistas revelam que para o País retomar o ritmo de crescimento é necessário adotar uma série de medidas na economia que valorizem o avanço nas áreas de tecnologia e capital humano. “Nesses quesitos, o Brasil e parte da América Latina pararam no tempo”, disse Otaviano Canuto, consultor do Banco Mundial.

Prova dos nove

É importante destacar que o então presidente Luiz Inácio da Silva, valeu-se, no final de dezembro de 2008, do crédito fácil para empurrar a população brasileira na vala do consumismo. A partir de então, a população verde-loura passou a consumir de forma descontrolada no vácuo da concessão irresponsável de crédito, não por meio da geração de riqueza individual.

Naquele momento, o UCHO.INFO alertou para o perigo da medida, pois os atos seguintes da irresponsabilidade palaciana seriam o endividamento recorde das famílias, a elevação da inadimplência e a disparada da inflação. Esse três fantasmas da economia continuam presentes no cotidiano nacional, fazendo com que permaneça mergulhada em uma grave crise, sem qualquer perspectiva de melhora no curto prazo.

Na ocasião, os palacianos se limitaram a nos acusar de torcer contra o Brasil, como se essa fosse a nossa missão. Não se trata de bola de cristal ou profecia do apocalipse, mas de enxergar o amanhã com seriedade e responsabilidade, ago que os petistas não conseguiram fazer ao longo de doze anos, da mesma forma que não farão nos próximos quase quatro anos. (Danielle Cabral com Ucho Haddad)

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