Roda de fogo – A situação do governador do Paraná, Carlos Alberto Richa, conhecido no universo político como Beto Richa, piora a cada dia. Depois do imbróglio decorrente da violência usada pela Polícia Militar contra professores grevistas, Beto Richa agora enfrenta a acusação de ter recebido no caixa de sua campanha pela reeleição dinheiro proveniente de corrupção.
O esquema criminoso consistia em cobrar propina de empresários em dívida com a Receita paranaense. De acordo com o delator do esquema, Luiz Antônio de Souza, fiscais da Secretaria da Fazenda cobraram, ao longo de dez anos, mais de R$ 50 milhões em propinas, sendo que desse total a quantia de R$ 2 milhões acabou na campanha do governador tucano.
Que Beto Richa é incompetente e assessorado por pessoas de conduta canhestra todos sabem, mas não há como aceitar o fato de que um estado da importância do Paraná estar nas mãos de um despreparado irresponsável.
Richa rebateu a acusação do delator e disse se tratar de uma denúncia inverídica e criminosa, mas o governador paranaense não é inocente a ponto de desconhecer como se faz política e principalmente uma campanha eleitoral. Política é negócio e como tal exige muito dinheiro. Isso é fato e não há como negar. Ademais, Beto Richa sempre soube o que acontecia nos bastidores de suas campanhas.
Na manhã desta terça-feira (19), uma pessoa muito próxima a Richa conversou com o editor do UCHO.INFO e disse textualmente: “não foi por falta de aviso”. Ou seja, o governador do Paraná foi alertado acerca do que acontecia nas coxias da campanha, mas preferiu fechar os olhos para as transgressões. O interlocutor do site conhece muitíssimo bem os bastidores do Palácio Iguaçu e concordou de pronto que a situação de Beto Richa é extremamente delicada