Dilma se reúne com Lula antes de anúncio de corte no Orçamento; encontro não consta da agenda

dilma_lula_01Tomando a bênção – Dilma Rousseff reúne-se nesta sexta-feira (22) com o ex-presidente Luiz Inácio da Silva, o lobista Lula, na Granja do Torto, em Brasília. O encontro, que não consta da agenda oficial da presidente, acontece a poucas horas do anúncio oficial do corte no Orçamento de 2015. Também participaram da reunião os ministros Aloizio Mercadante, da Casa Civil, e Edinho Silva, da Secretaria de Comunicação Social.

O contingenciamento orçamentário a ser anunciado nesta tarde pelos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, será da ordem de R$ 70 bilhões e deverá atingir até mesmo programas sociais do governo, como o programa “Minha Casa, Minha Vida”.

É importante ressaltar que o governo definirá o corte orçamentário “às cegas”, sem conseguir aprovar na Câmara dos Deputados o projeto de lei da desoneração da folha de pagamento nem garantir o aval do Senado Federal às medidas provisórias que alteram benefícios trabalhistas e previdenciários.

Joaquim Levy está preocupado com as desconfigurações no projeto de lei que revê a política de desoneração da folha. Segundo relatos obtidos pela reportagem, Levy já avisou que “se essa rocha for perfurada” há risco de o País perder o grau de investimento.

Entre o que a presidente da República prometeu durante a corrida presidencial de 2014 e o que propõe o ministro Joaquim Levy há uma enorme e abissal distância, o que configura estelionato eleitoral por parte de Dilma. No Congresso Nacional os petistas insistem em dizer que a oposição busca um terceiro turno ao fazer críticas severas e ácidas ao desgoverno do PT, mas não há como fugir da realidade. Dilma mentiu de forma escandalosa ao eleitorado incauto e não se discute mais o assunto.

A grande questão em relação ao corte no Orçamento é que, deixando de lado as promessas fantasiosas de Dilma, a economia brasileira tende a naufragar no oceano da crise, uma vez que especialistas garantem que o pior ainda está por vir. Alguns especialistas do mercado financeiro afirmaram ao UCHO.INFO que a partir do segundo semestre a situação deve piorar sobremaneira, principalmente porque o governo federal não conseguirá atingir a meta fiscal de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB).

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