Inflação medida pelo IPC-S avança em cinco das sete capitais pesquisadas e reforça a crise

inflacao_32Alerta novo – A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) avançou em cinco das sete capitais pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), com destaque para a capital baiana, Salvador, cidade onde a taxa subiu de 0,92% para 0,95% na semana encerrada no último dia 22. Na média das capitais, o IPC-S subiu de 0,65% para 0,68%.

O cálculo do IPC-S tem por base um sistema de coleta de dados quadrissemanal, com encerramento em quatro datas pré-estabelecidas (7, 15, 22 e 31). Apesar de a coleta ser semanal, a apuração das taxas de variação leva em conta a média dos preços coletados nas quatro últimas semanas até a data de fechamento da pesquisa.

O IPC-S é uma versão do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a variação de preços de um conjunto fixo de bens e serviços componentes de despesas habituais de famílias com nível de renda situado entre um e 33 salários mínimos mensais. Para o cálculo do IPC-S, o Ibre faz pesquisas em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília.

A capital dos pernambucanos, Recife, manteve a posição da semana anterior e registrou a segunda maior alta: subiu de 0,82% para 0,91%. A cidade de São Paulo também registrou elevação da taxa, que passou de 0,6% para 0,69%.

A menor alta do índice foi registrada em Brasília, onde o IPC-S subiu de 0,42% para 0,47%. Belo Horizonte registrou decréscimo: o índice caiu de 0,95% para 0,83%. O índice apurado no Rio de Janeiro também registrou queda, saindo de 0,5% para 0,48%.

O fato de o IPC-S ter apresentado elevação em cinco das sete capitais pesquisadas pelo Ibre é motivo de preocupação, pois mostra que é inócua, pelo menos por enquanto, a política do governo petista de Dilma Rousseff de combate à inflação. Tanto é assim, que economistas consultados pelo Banco Central elevaram para 13,75% ao ano a previsão para a taxa básica de juro, a Selic, até o final de 2015. Isso porque a autoridade monetária deverá ter problemas para conter o mais temido fantasma da economia, a inflação.

A alta do IPC-S é mais uma luz vermelha que se acende no Palácio do Planalto, cada vez mais devorado por uma crise econômica que só cresce e produz notícias negativas a cada instante. A elevação do índice ocorre no momento em que o desemprego cresce de forma contínua, mês após mês, e o poder de compra do trabalhador encolhe. Isso significa que o próximo índice a registrar elevação será o da inadimplência. (Com informações da ABr)

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