Óleo de peroba – Na próxima terça-feira (2), a presidente Dilma Vana Rousseff inaugurará, na capital federal, a Casa da Mulher Brasileira, local voltado ao atendimento humanizado às mulheres. O projeto reúne no mesmo espaço serviços especializados para os mais diversos tipos de violência contra as mulheres: acolhimento e triagem; apoio psicossocial; delegacia; Juizado; Ministério Público, Defensoria Pública; promoção de autonomia econômica; cuidado das crianças – brinquedoteca; alojamento de passagem e central de transportes, conforme informações da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM).
A Casa da Mulher Brasileira, um dos eixos do programa “Mulher, Viver sem Violência”, coordenado pela SPM, “facilita o acesso aos serviços especializados para garantir condições de enfrentamento da violência, o empoderamento da mulher e sua autonomia econômica”. Segundo a secretaria que tem status de ministério, trata-se de “um passo definitivo do Estado para o reconhecimento do direito de as mulheres viverem sem violência”.
Entre o texto publicado pela SPM no sítio eletrônico do programa federal em questão e o que faz a presidente da República há uma longa e abissal distância. É compreensível que Dilma Rousseff queira melhorar sua popularidade em um momento de agravamento da crise econômica, o que tem colocado a sociedade na contramão dos sonhos palacianos, mas é preciso que a chefe do governo use suas parcas doses de coerência, se é que existem.
Por certo Dilma, durante a cerimônia de inauguração, fará um discurso esculpido com o cinzel dos marqueteiros palacianos, cujo objetivo é enganar a opinião pública, mas a presidente continua devendo explicações sobre o pedófilo da Casa Civil, o petista Eduardo Gaievski, que hoje cumpre pena de prisão em penitenciária do Paraná por estupro de dezenas de meninas, inclusive de vulneráveis (menores de 14 anos).
Ex-prefeito de Realeza, cidade do interior paranaense, Gaievski foi levado à Casa Civil, na condição de assessor especial, pela então ministra Gleisi Helena Hoffmann, hoje cumprindo mandato de senadora da República.
Muito estranhamente, a indicação de Eduardo Gaievski para o cargo de confiança, onde foi responsável pelas políticas federais para jovens e adolescentes – algo como raposa no galinheiro – violou as normas de segurança da Presidência, que tem à disposição dois órgãos encarregados de checar a vida pregressa dos que trabalham na orbita da maior autoridade do País. Esses órgãos são o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI) e a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN).
Quando foi nomeado para assessorar a “companheira” Gleisi, o monstro da Casa Civil já tinha a sua vida criminosa disponível na rede mundial de computadores, ou seja, a então ministra violou as regras e o bom senso ao chamar o pedófilo para ocupar uma sala a poucos metros do gabinete presidencial. O caso só veio a público quando a polícia do Paraná chegou ao Palácio do Planalto para prender o petista que usou o cargo de prefeito para, no vácuo de promessas de empregos, conseguir noitadas de sexo e orgia com meninas menores de idade.
Gaievski foi preso na fronteira do Brasil quando se preparava para fugir, mas ate hoje, dois anos depois do escândalo, Dilma Rousseff, assim como Gleisi Hoffmann, não falou uma só palavra a respeito do criminoso que acabou com o futuro de dezenas de meninas inocentes. Especialistas em Direito garantem que ao final do julgamento de todos os processos a que responde na Justiça do Paraná, Eduardo Gaievski será condenado a mais de duzentos anos de prisão.