Calculadora oficial – De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (1) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em maio a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 2,761 bilhões. Esse é o resultado de exportações de US$ 16,769 bilhões e importações de US$ 14,008 bilhões. No mesmo período de 2014, a balança verde-loura teve superávit de US$ 711 milhões. Trata-se do melhor resultado para o mês de maio desde 2012.
Na quarta semana de abril (25 a 31), a balança teve um superávit de US$ 813 milhões, com vendas externas de US$ 3,926 bilhões e importações de US$ 3,113 bilhões.O saldo positivo de maio superou o teto das expectativas de mercado, que apontavam para um superávit comercial de US$ 2 bilhões a US$ 2,6 bilhões. A mediana das estimativas apontava para um superávit de US$ 2,450 bilhões.
Porém, no acumulado de 2015, até maio, a balança continua no vermelho, com déficit de US$ 2,305 bilhões. As exportações somaram US$ 74,700 bilhões nos primeiros cinco meses desse ano e as importações totalizaram US$ 77,005 bilhões. No ano passado, o déficit até maio foi maior, de US$ 4,860 bilhões.
As exportações brasileiras registraram média diária de US$ 838,5 milhões em maio, queda de 15,2% em relação ao mesmo mês de 2014. Já as importações registraram média diária de US$ 954,3 milhões, com retração de 26,6% na mesma base de comparação.
As exportações de básicos retrocederam 20,8%, para US$ 8,588 bilhões, resultado explicado pela venda menor de minério de ferro US$ 931 milhões (-62,3%), carne bovina US$ 349 milhões (-25,1%), minério de cobre (-19,2%), petróleo bruto (-15,9%) e carne de frango (-14,1%).
Os embarques de manufaturados caíram 8,6% em maio, para US$ 5,810 bilhões, com queda principalmente em aviões (-42,8%), óxido e hidróxidos de alumínio (-17,4%), máquina para terraplanagem (-6,2%), papel e cartão (-3%).
As exportações de semimanufaturados decresceram 4,7% no mês passado, para US$ 1,991 bilhão, puxadas, principalmente, por celulose (-20,8%), couros e peles (-16,5%), alumínio bruto (-10,6%) e óleo de soja bruto (-9,7%). Do lado das importações, caíram as compras de combustível e lubrificantes (-44,3%), matérias-primas e intermediários (-25,3%), bens de capital (-24,3%), bens de consumo (-16,1%).
No caso dos combustíveis, a retração ocorreu principalmente pela redução do preço do petróleo. Já em bens de consumo, as principais quedas foram em automóveis e peças para bens de consumo duráveis.
Em matérias-primas, caíram as compras de insumos para agricultura, além de produtos alimentícios e acessórios de equipamentos de transportes. Em bens de capital, houve queda na aquisição de acessórios de máquina industrial e partes e peças para bens de capital para indústria e maquinaria industrial. (Por Danielle Cabral Távora)