Radiografia do caos – Líder do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO) apresentará, nesta semana, requerimento de audiência pública com os ministros Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento), Gilberto Kassab (Cidades), Alexandre Tombini (Banco Central) e Tereza Campello (Desenvolvimento Social) para uma ampla discussão sobre a crise econômica que varre o País.
O argumento do senador é que falta transparência por parte do governo em admitir a real situação das contas públicas diante do atual momento de recessão e de cortes em programas e benefícios à população brasileira. Os ministros devem ser reunidos na Comissão de Assuntos Econômicos para uma audiência aberta onde serão questionados sobre o cenário orçamentário e gerencial de cada pasta.
“O governo não pode apresentar sua crise a conta-gotas, sem a transparência com a população que é quem mais sofre ao não saber a real proporção do problema. Depois de o ajuste fiscal cortar direitos trabalhistas à faca, do colapso do ensino superior e do aumento de impostos, ainda somos brindados com manchetes que nos mostram que o poço é mais fundo. Queda de 20% no consumo, 1/5 de beneficiados dando calote no Minha Casa, Minha Vida e atraso no repasse até mesmo para o Bolsa Família. Está na hora de abrir o jogo com o Congresso e com a população”, afirmou Caiado.
O requerimento do democrata ressalta ainda o baixo nível de confiança do mercado com o governo para sair da crise, consequência das mentiras de campanha que esconderam a crise em 2014 e da resistência por parte de Dilma em admitir as pedaladas fiscais e o tamanho da corrupção na máquina pública.
Ainda nesta segunda, foi apresentada nova pesquisa Focus do Banco Central em que especialistas consultados estimaram a taxa de juros a 14% ao final do ano e uma queda de 1,27% do PIB em 2015. Os números são mais pessimistas do que a última pesquisa realizada no início do ano.
“Já temos todos os sinais de que não há mais governabilidade para Dilma. Ela foi capaz de mentir para toda a população e agravar uma crise para se ver reeleita. O povo reagiu indo às ruas e dando uma popularidade de apenas 10% para a presidente. O mesmo vale para o mercado, que apresentou queda de 7,8% de investimentos. Quem vai acreditar e investir com um país sob o comando de alguém capaz de quebrar nossa economia para se manter no poder?”, questionou.