Ex-vice-presidente da FIFA afirma que entidade financiou seu partido, em Trinidad e Tobago

jack_warner_02Soltando a voz – Ex-vice presidente da FIFA e ex-presidente da Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe), Jack Warner afirmou a uma emissora de TV de Trinidad e Tobago, na quarta-feira (3), que existiria uma ligação entre pagamentos da entidade máxima do futebol mundial e as eleições de 2010 em seu país.

Warner disse que a FIFA apoiou o seu partido, o “Liberal Independente”, e que teria entregado os respectivos cheques e outras provas ao seu advogado. De acordo com Warner, o presidente da FIFA, Joseph Sepp Blatter, e outros funcionários da federação teriam tomado conhecimento do fato.

Em seu discurso televisionado, Jack Warner ameaçou abertamente o ainda presidente da nebulosa Fédération Internationale de Football Association (FIFA). “Blatter sabe por que ele caiu. E se existe alguém que também o sabe, esse alguém sou eu”, disse Warner. “Nem mesmo a morte vai conter essa avalanche”, adicionou.

Também na quarta-feira, a Interpol emitiu um alerta internacional de busca para o ex-presidente da Concacaf. Warner está afastado do futebol desde 2011, quando foi suspenso de todas as suas atividades devido a acusações de suborno envolvendo a eleição presidencial da FIFA naquele ano.

Como sempre acontece em grandes escândalos de corrupção e outras roubalheiras, a polícia obtém sucesso quando os bandidos se desentendem. No caso em questão, o brasileiro José Hawilla, conhecido como J. Hawilla, saiu perdendo em alguma negociação com a cartolagem e decidiu, mesmo que sob pressão, revelar à Justiça dos Estados Unidos os imundos bastidores do futebol planetário.

Sob acordo de delação premiada, Hawilla passou a cooperar com a Justiça norte-americana e grampeou conversas telefônicas de cartolas internacionais do futebol. Uma das vítimas dos grampos, encomendados pelas autoridades estadunidenses, foi o também brasileiro José Maria Marin, preso em Zurique, na Suíça, e que a qualquer momento poderá contar o que sabe. Até porque, alguém pagando a fatura, sozinho, é a última coisa que poderá acontecer nessa ópera bufa em que se transformou o futebol. (Com agências internacionais)

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