Seca prolongada – Nesta segunda-feira (8), o governador Geraldo Alckmin, de São Paulo, afirmou que apresentará, até o final de junho, um plano de contingência para a falta d’água no estado. Entretanto, segundo o governador, não há a previsão de colocá-lo em prática.
“Vai ter plano de contingência. Já está até pronto, [no] fim do mês. Mas não pretendemos utilizá-lo. Por que penalizar a população se você pode garantir o abastecimento com racionalidade? De um lado, economize, evite desperdício, você ganha bônus, um estímulo; de outro lado, [obras de] engenharia”, ressaltou Alckmin, após acompanhar a instalação de membranas de filtragem no Sistema Guarapiranga.
Por outro lado, o secretário de Recursos Hídricos do estado, Benedito Braga, revelou que o plano somente será colocado em operação em uma “situação extrema”, e reforçou que no momento não há perspectiva sequer de colocar o rodízio de fornecimento de água em ação.
“Não há perspectiva, neste momento, de rodízio. Portanto, não há perspectiva de colocar o plano de contingência em funcionamento. Ele é um plano para uma situação extrema. É um plano que vai servir para uma situação no futuro, para o Sistema Cantareira ou qualquer outro sistema que venha a ter problemas”, destacou Braga.
Desde a última sexta-feira (5), o Sistema Cantareira mantém 20,2% de volume armazenado de água. Porém, os reservatórios, que abastecem cerca de 5,2 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo ainda operam na reserva técnica.
Vale ressaltar que, para ultrapassar as cotas do volume morto e voltar ao índice positivo, ainda é necessário acumular 89,1 bilhões de litros de água. (Por Danielle Cabral Távora)