Erga Omnes: prisão do presidente da Odebrecht coloca o lobista Lula no cerne do Petrolão

lula_384A um passo – Em 29 de agosto, quando o UCHO.INFO afirmou que a Operação Lava-Jato haveria de subir a rampa do Palácio do Planalto, atingindo o ex-presidente Luiz Inácio da Silva e sua sucessora, a incompetente e truculenta Dilma Vana Rousseff, não o fizemos com base no “achismo”, mas, sim, na esteira de informações privilegiadas sobre o maior escândalo de corrupção da história, que derreteu os cofres da Petrobras.

Naquele momento, muitos acreditaram ser precipitação de nossa parte fazer tal afirmação, mas a prisão do presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, no embalo da Operação Erga Omnes, décima etapa da Lava-Jato, mostra que a investigação está a um passo de Lula e Dilma. Como sabem os leitores, o ex-metalúrgico tornou-se lobista da empreiteira baiana e só viaja nos caros jatos executivos da companhia. Fora isso, Lula agiu em diversas ocasiões no BNDES para favorecer a Odebrecht, assunto que pode ter um efeito devastador, mesmo que com atraso.

Quem conhece em detalhes as coxias do poder em Brasília sabe que a prisão de Marcelo Odebrecht provocará inúmeros estragos, até porque o presidente da construtora disse em 2014 que considerava normal a interferência do setor privado nos assuntos do governo, como se o Estado fosse um reles “puxadinho” da empresa da sua família. Naquele momento, Odebrecht já teria dito nos bastidores que se algo lhe acontecesse no rastro da Lava-Jato, a República cairia na sequência.

Não foi possível confirmar tal declaração, mas na capital dos brasileiros prevalece a tese de que sempre há fogo onde há fumaça. A situação da presidente Dilma Rousseff não é tão complicada quanto a de Lula, mas sua conivência com o esquema criminoso do Petrolão pode lhe custar o cargo, algo que há muito a população aguarda com ansiedade e cruzando os dedos.

A proximidade de Lula com o grupo Odebrecht vem de longe e chega a ser acintosa, algo que ficou comprovado no processo covarde que culminou com a expropriação da Petroquímica Triunfo, no Rio Grande do Sul. Na ocasião, os herdeiros do empresário Boris Gorentzvaig (Auro e Caio) lutavam para manter a Triunfo, mas acabaram caindo na esparrela de um alarife experimentado, o então presidente Lula, que à época dos fatos já advogada em favor da Odebrecht.

Como se mágica fosse, a Petroquímica Triunfo passou para o conglomerado do grupo Odebrecht (leia-se Braskem), sem que os controladores da empresa tivessem o direito de manter a propriedade ou recuperar os investimentos.

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Muito se fala nos escândalos de corrupção que surgiram à sombra das obras executadas pelas empreiteiras para a agora combalida Petrobras, mas a verdadeira cornucópia está no setor petroquímico, onde a Odebrecht detém um quase monopólio graças à intervenção marota de Lula.

Responsável na primeira instância do Judiciário pelos processos decorrentes da Operação Lava-Jato, o juiz Sérgio Fernando Moro e o Ministério Público Federal conhecem o caso da Triunfo e têm em mãos documentos suficientes – provas também – para a qualquer momento colocarem abaixo mais um castelo erguido com a lama da corrupção. Isso se dará no momento em que os responsáveis pelo golpe forem chamados a depor.

Desde a deflagração da Operação Lava-Jato, em março de 2014, jamais Lula esteve tão próximo da investigação que pode passar o Brasil a limpo. Em 2005, ao fazer a primeira denúncia do esquema de corrupção que mais tarde foi batizado de Petrolão, o UCHO.INFO já tinha informações acerca do envolvimento de Lula no escândalo, mesmo que isso tenha ocorrido de forma indireta. O simples fato de ser conivente com o ilícito deveria colocar o ex-presidente no banco dos réus.

No início de 2009, quando, juntamente com o empresário Hermes Freitas Magnus, levou novas denúncias sobre o esquema ao Ministério Público Federal, em São Paulo, o editor tinha certeza da participação do petista. Isso porque, no auge do escândalo do Mensalão do PT, um senador petista ofereceu um cargo na área internacional Petrobras, mais precisamente nos Estados Unidos, em troca do silêncio. O alvo da oferta procurou o editor e denunciou o esquema criminoso.

Desde então, há dez anos, o UCHO.INFO vem sofrendo retaliações das mais variadas, mas os alarifes devem desistir dessas empreitadas, pois ainda é grande o estoque de provas contra tudo e todos. De tal modo, continuará sendo infrutífera a ação desses marginais, que, incomodados com o nosso jornalismo, insistem em grampear nossos telefones – de pessoas próximas também – e fazer ameaças.

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