Desemprego chega a 8,1% no trimestre até maio e reforça a crise que Dilma Rousseff prefere ignorar

desemprego_06Queda no precipício – Quando o UCHO.INFO afirmou, meses atrás, que uma das alternativas para enfrentar a alta da persistente inflação seria o desemprego, muitos entenderam nossa afirmação como alarmismo, mas tudo não passou de análise baseada na lógica e na coerência. Quando uma economia está em crise crescente, como a do Brasil, não há passe de mágica que consiga reverter o caos. Sendo assim, a inflação brasileira só cairá com a queda no consumo, que surgirá no vácuo do desemprego e da perda do poder de compra dos salários. E isso já está ocorrendo de forma clara e irreversível no País.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego subiu nos últimos três meses, até maio deste ano, e alcançou a incrível marca de 8,1%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (9). Trata-se do maior índice da série histórica do IBGE, iniciada em 2012. No mesmo período do ano anterior, o índice de desemprego ficou em 7%, enquanto que no trimestre encerrado em fevereiro a taxa foi de 7,4%.

“O contingente de desocupados em um ano subiu 18,4%, isso é recorde em toda a série da pesquisa. A taxa de 8,1% também é uma taxa recorde”, afirma Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

“A taxa de desocupação aumentou por uma procura intensa de trabalho, sem geração proporcional de vaga. Você tem pressão em cima do mercado, as pessoas estão buscando trabalho e elas não estão conseguindo”, completou Azeredo.

Os dados surgem três dias após a presidente Dilma Rousseff lançar, com direito à fanfarrice palaciana, o Programa de Proteção do Emprego (PPE), que propõe redução de jornada de trabalho e consequentemente do salário.

O governo do PT está literalmente perdido e não sabe o que fazer para minimizar o estrago que se abate sobre a economia, movimento que é fruto da desastrada política econômica adotada por Dilma e implementada pelo então ministro Guido Mantega (Fazenda), que tem sido alvo de protestos e xingamentos em locais públicos.

Diante da alta do desemprego, querer que a economia ingresse na rota da recuperação é um ato de irresponsabilidade, para não afirmar que se trata de tolice. O tal PPE dificilmente surtirá os efeitos anunciados, até porque o desaquecimento da economia não impedirá as demissões que devem aumentar em breve.

A situação mostra-se ainda pior quando aglutinados dois ingredientes dessa receita macabra que Dilma Rousseff, a “gerentona”, impõe aos brasileiros: inflação e desemprego. A gravidade da crise é tamanha, que nem mesmo o desemprego está conseguindo frear o avanço da inflação, que em junho alcançou a marca de 0,79%, sendo que no acumulado de doze meses chegou a 8,89%, a maior desde 2003.

Armação ilimitada

Enquanto a economia brasileira sangra de forma ininterrupta, Dilma tenta “vender” ao planeta a ideia de que o Brasil é a versão moderna e tropical do País de Alice, aquela das maravilhas, que no momento enfrenta alguns solavancos e percalços. Apenas para o conhecimento dos leitores, o estrago patrocinado pelos petistas na economia nacional exigirá, no mínimo, cinco décadas de esforço continuado dos brasileiros de bem para que reconquistemos o status anterior.

Na Rússia, onde participa de reunião da cúpula do Brics, Dilma se escora em discursos marotos e diz que aposta na força do grupo para enfrentar a crise internacional. O Brasil é vítima não do cenário internacional, mas de uma lambança na economia patrocinada por um governo incompetente, paralisado, perdulário e corrupto.

Em vez de perder tempo com a criação do banco do Brics, Dilma deveria se preocupar com o caos que se instalou na infraestrutura brasileira depois que as grandes empreiteiras foram flagradas, pela Operação Lava-Jato, no Petrolão, o maior escândalo de corrupção da história do País, possivelmente do planeta.

É importante que os brasileiros fiquem atentos á retomada dos investimentos no setor de infraestrutura, pois em marcha está um amontoado de golpes e manobras que beneficiará os atuais donos do poder. Isso porque emissários do governo negociam, nos bastidores, a entrada de empresários internacionais no mercado brasileiro, sempre com o devido pagamento de pedágio. Uma das fórmulas palacianas é atrair parceiros, de preferência de países alinhados pela ideologia, para investir nas empresas flagradas pela Lava-Jato.

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