Operação da PF prova que Transportes continua funcionando como ninho da corrupção

edson_giroto_01Endereço conhecido – Na quinta-feira (9), Edson Giroto, ex-deputado (PR-MS) e assessor especial do ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, pediu afastamento das funções na pasta. A casa de Giroto, em Campo Grande (MS), foi alvo de busca da Operação Lama Asfáltica, da Polícia Federal. Ele é suspeito de envolvimento em um esquema de desvios de verbas públicas em obras viárias na capital sul-mato-grossense.

No mesmo dia, o Ministério dos Transportes divulgou nota afirmando que o titular da pasta ‘teve conhecimento’ da operação. “O ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, teve conhecimento, nesta quinta-feira (9/7), da Operação “Lama Asfáltica” da Polícia Federal, Receita Federal e CGU em Campo Grande”, informa a nota.

O texto também destaca que o assessor pediu afastamento. “O assessor especial do Ministério dos Transportes, Edson Giroto, solicitou afastamento de suas funções no Ministério para tratar de assuntos particulares”, informou o Ministério.

A operação da PF tem como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada em desviar recursos públicos, inclusive verbas federais, por meio de fraudes a licitações, contratos administrativos e superfaturamento em obras em Campo Grande.

De acordo com a Polícia Federal, não havia ninguém na casa na hora da busca e, então, um chaveiro foi chamado para abrir a porta. Giroto foi titular da antiga Secretaria de Obras Públicas e Transportes de Mato Grosso do Sul, durante os mandatos do ex-governador André Puccinelli (PMDB), entre 2007 e 2010. Retornou o cargo em 2013 e 2014.

Segundo estimativas, os prejuízos chegaram em R$ 11 milhões, de um montante fiscalizado de R$ 45 milhões. As investigações começaram em 2013 e revelaram superfaturamento em obras contratadas com a administração pública, por meio de empresas em nome próprio e de terceiros. Para a PF, o grupo desviava recursos públicos, corrompendo servidores públicos e fraudando licitações.

Não se pode esquecer que o Ministério dos Transportes sempre foi alvo de escândalos de corrupção, sem que os governantes tomassem qualquer medida para evitar o assalto aos cofres públicos.

O Partido da República, “dono da pasta”, continua sob o comando de Valdemar Costa Neto, o “Boy”, ex-deputado federal e condenado à prisão no processo do Mensalão do PT (Ação Penal 470), que usa a legenda como balcão de negócios. É importante destacar que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, o DNIT, permanece na condição de ninho de ladroagem, a exemplo do que sempre ocorreu no órgão antecessor, o DNER.

Lula e Dilma sempre souberam das irregularidades cometidas no Ministério dos Transportes, mas fingiram ignorância porque a roubalheira faz parte do acordo que dá sustentação ao que os petistas insistem em chamar de “presidencialismo de coalizão”. Ou seja, loteia-se a Esplanada dos Ministérios como forma de aplacar a volúpia bandoleira dos partidos da chamada base aliada, como se os brasileiros fossem tolos. (Danielle Cabral Távora com Ucho Haddad)

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