Mais atrasos nas obras – O governo de São Paulo decidiu rescindir o contrato com o consórcio responsável pela construção de duas das quatro estações que ainda faltam na Linha 4-Amarela do Metrô, na capital paulista.
As estações Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie deveriam ser entregues em 2016, porém vão atrasar pelo menos um ano visto que será aberta uma nova licitação no segundo semestre de 2015.
Inclusive, o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, afirmou que vai multar o consórcio Isolux Corsan Corviam em R$ 23 milhões por causa de abandono da obra, descumprimento de normas de qualidade e segurança, ausência de pagamento das empresas subcontratadas.
Por outro lado, o consórcio revelou que não foi o governo que rescindiu o contrato e sim a própria empresa porque o Metrô não entregou projetos executivos indispensáveis para a continuidade das obras. O consórcio ainda afirmou que vai encaminhar a questão em um processo de arbitragem.
Além das estações Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire, ainda faltam ser construídas as estações São Paulo-Morumbi e Vila Sônia.
No mais, uma outra licitação também precisou ser aberta para concluir as obras das duas últimas estações porque o consórcio espanhol Isolux Córsan-Corviam parou as obras na Linha 4. “Iniciadas as obras no começo do ano [2016], em 12 meses nos vamos entregar Higienópolis, em 15 meses Oscar Freire, 18 meses Morumbi e 24 meses a Vila Sônia”, ressaltou o secretário.
A Linha 4 terá 11 estações, ao longo de quase 13 km entre a Luz e a Vila Sônia. O contrato para início da primeira fase das obras foi assinado em novembro de 2006. As primeiras estações inauguradas foram Paulista e Faria Lima, em maio de 2010.
A segunda fase de obras teve licitação fechada em 2012 por R$ 1,8 bilhão. Mas, dentro desta etapa, apenas a estação Fradique Coutinho foi aberta, em novembro de 2014.
Depois de ficarem suspensos em 2014, somente os trabalhos nas estações Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire foram retomados em abril deste ano, quando o Metrô e a construtora fecharam um acordo. O governo já havia ameaçado romper o contrato por causa de atrasos na obra, entretanto optou por pagar mais R$ 20 milhões para o consórcio responsável.
O contrato inicial da linha era de R$ 172 milhões para a construção do Pátio Vila Sônia e das futuras estações Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire. O consórcio Isolux Corsan Corviam, responsável pelo trabalho, já havia recebido do governo paulista quase R$ 19 milhões em 2014, e mais R$ 20 milhões neste ano. Com os aditivos, o valor inicial subiu para R$ 212 milhões.