Bolsos vazios – De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira, 27, pelo Banco Central, a taxa média de juros no crédito livre subiu de 40,9% ao ano em março para 41,8% ao ano em abril.
Com essa alta, a taxa passa a ser a maior da série iniciada em março de 2011. No primeiro quadrimestre de 2015, a taxa subiu 4,5%, já que em dezembro do ano passado estava em 37,3% ao ano. Em 12 meses, a alta é de 5,4 pp.
Para pessoa física, a taxa de juros no crédito livre passou de 54,4% em março para 56,1% em abril. Com isso, também passa a ser a maior da série. Para pessoa jurídica, houve elevação de 26,5% para 26,6% de março para abril.
Entre as principais linhas de crédito livre para pessoa física, o destaque vai para o cheque especial, cuja taxa subiu de 220,4% ao ano em março para 226,0% ao ano em junho. Vale ressaltar que o juro dessa modalidade é o mais alto desde dezembro de 1995, quando estava em 242,23% ao ano.
Para o crédito pessoal, a taxa total subiu de 46,1% em março para 48,4% em abril. No caso de consignado, a taxa passou de 26,8% para 26,9% de março para abril e, nas demais linhas, de 104,5% para 113,3% no mesmo período.
No caso de aquisição de veículos para pessoas físicas, os juros passaram de 24,7% para 24,6% de um mês para outro.
A taxa média de juros no crédito total, que também inclui as operações direcionadas, subiu de 25,9% em março para 26,4% em abril.
Segundo o BC, a taxa de inadimplência no crédito livre ficou em 4,6% em abril ante 4,4% de março. Para pessoa física, passou de 5,2% para 5,3% na comparação mensal. Para as empresas, subiu de 3,7% para 3,9% de um mês para o outro.
A inadimplência do crédito direcionado avançou de 1,1% em março para 1,2% em abril. O dado que considera crédito livre mais direcionado mostra inadimplência de 3% em abril, ante 2,8% em março.
No crédito livre para pessoa física, a inadimplência no crédito pessoal ficou estável em 3,7% de março para abril. No cheque especial, subiu de 12,8% para 13,4% na comparação mensal.
Na aquisição de veículos, a taxa ficou estável em 3,9% de março para abril. No cartão de crédito, avançou de 6,7% para 7,1% na mesma comparação.