Corte nos investimentos anunciado pelo governo aprofundará a crise econômica, afirma líder do PPS

crise_22Turbinando o caos – Líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR) afirmou na última sexta-feira (31) que a decisão do governo Dilma de centrar o corte de verbas federais nos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) aprofundará sobremaneira a crise que devasta o País, na medida em que desacelera a economia e pode provocar aumento de desemprego. Além disso, eleva ainda mais a desconfiança do mercado em torno da saúde financeira do País.

Para o parlamentar, em um momento como esse, o Palácio Planalto deveria atuar no enxugamento do custeio da máquina, cortando gastos desnecessários, cargos comissionados, pagamento de diárias, uso de cartões corporativos e até diminuindo o número de ministérios. “Mas o que estamos vendo é o remendo do remendo. O governo está completamente perdido e não sabe como encontrar o caminho para recuperar a economia. Falta densidade de pensamento”, criticou Rubens Bueno.

O PAC foi o alvo principal do novo corte anunciado pelo governo no Orçamento deste ano. Foram contingenciados R$ 8,47 bilhões, sendo que R$ 4,66 bilhões do programa que foi a vedete da campanha de Dilma em 2010, o que corresponde a 55% da tesourada. “Não vemos um passo na direção do enxugamento da máquina, inchada para atender aliados do governo e o próprio PT que, como mostra a Operação Lava Jato, usou a estrutura federal para conseguir junto a empreiteiras, em troca de superfaturamento de obras, o financiamento de suas campanhas”, condenou o líder do PPS.

Déficit

A dificuldade do governo federal para gerenciar a economia, avaliou Rubens Bueno, “reflexo da administração perdulária e irresponsável dos mandatos de Lula e do primeiro da presidente Dilma”, provocou um déficit inédito nas contas federais. A diferença entre despesas e receitas foi de R$ 1,6 bilhão no primeiro semestre deste ano. “É mais um recorde negativo batido pelo governo do PT”, lamentou o deputado, lembrando que esse foi o primeiro resultado deficitário desde o início da série do Tesouro Nacional, em 1997.

Para o parlamentar, lamentavelmente a situação tende a piorar já que a presidente não tem mais nenhuma credibilidade perante a sociedade, mercados e instituições. “Ela disse que não iria cortar investimentos e cortou. Garantiu que não mexeria nos direitos dos trabalhadores e mexeu. Que não aumentaria impostos e aumentou. E que não elevaria juros e já subiu várias vezes. Que credibilidade ela pode ter?”, indagou o líder o líder do PPS.

apoio_04