Atolada no Petrolão, Gleisi ‘decreta’ que o “TCU não tem moral para julgar a presidenta”

gleisi_hoffmann_82Parafuso solto – Nem mesmo o envolvimento direto no Petrolão, denunciado por dois dos delatores do esquema, nem a inclusão entre os investigados na Operação Lava-Jato induziu a senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) a moderar sua conhecida arrogância. Na última sexta-feira (31), em bizarra entrevista em Santo Antônio da Platina, cidade do interior do Paraná, Gleisi afirmou que os integrantes do Tribunal de Contas da União (TCU) “não têm moral para julgar a presidenta Dilma Rousseff”.

O argumento utilizado por Gleisi, registrado pelo portal NPDiário (http://www.npdiario.com/noticia/18393/gleisi) sugere que a ex-ministra vive uma fase de grande confusão mental. Os integrantes do TCU não teriam moral para julgar porque “são todos ex-deputados e ex-senadores e dizem tratar de questões técnicas, mas na verdade fazem julgamentos políticos”.

A avaliação coloca Gleisi Hoffmann sob suspeição para exercer qualquer cargo depois de deixar o Senado Federal, o que pode acontecer antes do tempo por conta de eventual processo de cassação, tese que vem ganhando força a cada dia por causa do envolvimento da petista no Petrolão, o maior escândalo de corrupção da história nacional.

Na entrevista, o conhecido fanatismo petista da senadora levou-a a questionar a legitimidade das críticas da imprensa ao governo do PT. Gleisi não se conforma com o que considera ataques da mídia e da oposição contra o governo federal. “Temos que fazer política com seriedade; não podem duvidar da presidenta”, decretou a senadora em mais um surto autoritário.

Não é novidade a aversão de Gleisi Hoffmann a críticas e ao contraditório. Acostumada à truculência, enquanto posa de democrata convicta, Gleisi decidiu processar o editor do UCHO.INFO apenas porque este site abriu espaço ao escândalo do pedófilo da Casa Civil, o “companheiro” Eduardo Gaievski.

As suspeitas de que Gleisi Hoffmann atravessa fase complicada e confusa vem aumentando no Paraná. A senadora tem escrito artigos na imprensa estadual tentando desmentir, de forma tosca, que o País atravessa uma crise gravíssima. O ridículo dos argumentos provocou uma onda de deboche, que não intimidou a senadora, que em sinal de desespero explícito dobrou a dose.

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