Temer decretou atestado de óbito do governo e é preciso convocar novas eleições, diz Caiado

michel_temer_22Corda bamba – Líder do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO) afirmou que concorda com as recentes declarações do vice-presidente Michel Temer, que admitiu a gravidade da crise e disse que é preciso “alguém que tenha a capacidade de reunificar a todos”. De acordo com o senador, em coletiva realizada nesta quinta-feira (6), a única saída seria convocar novas eleições.

“A declaração do vice-presidente Michel Temer, que é um constitucionalista, é o atestado de óbito desse governo. É determinante agora convocar novas eleições. Estamos em uma democracia e esse ‘alguém’ ao qual ele se referiu não pode sair de conchavos de cúpulas político-partidárias ungido como salvador da pátria. Temer sabe bem que a única forma de reunificar é pelas urnas, ou não haverá credibilidade para nos tirar dessa crise”, argumentou Caiado.

Durante a entrevista, o democrata citou a recente pesquisa Datafolha que indicou que o grau de popularidade da presidente atingiu rejeição maior do que a de Collor às vésperas do impeachment.

“Uma presidente que é reprovada por 71% da população, que já não tem mais base, que foi eleita diante de uma fraude eleitoral e que vê seu governo incapaz de propor qualquer medida não tem mais condições de ficar no cargo. O que resta a Dilma é ter a sensibilidade de colocar o país à frente de seus interesses pessoais. Não há mais como governar dessa forma por mais três anos e meio”, ressaltou Caiado.

Dilma tomou tardiamente a decisão de entregar a articulação política do governo para Michel Temer, que agora já está contaminado pela crise gerada pela petista ao longo do primeiro mandato. A fala do vice-presidente da República não apenas retrata a triste realidade que domina o cenário político, mas mostra que Dilma perdeu o poder de mando. Em países que adotam o modelo clássico de impeachment, Dilma já teria sido apeada do cargo por não mais contar com a confiança da população.

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