Lava-Jato: denúncia da PGR contra Cunha deve turbinar o calvário de Dilma Rousseff no Congresso

dilma_rousseff_483Lenha na fogueira – A denúncia que a Procuradoria-Geral da República deve oferecer nas próximas horas contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por certo incrementará o calvário enfrentado por Dilma Vana Rousseff no Congresso Nacional.

Há muito mostrando disposição de sobra para enfrentar o Palácio do Planalto e contrariado pelo fato de o governo não ter interferido para que seu nome não fosse incluído na lista do procurador-geral Rodrigo Janot, o deputado Eduardo Cunha pode colocar mais uma pá de cal na sepultura política da presidente da República, acolhendo pedido de impeachment da petista.

Ciente de que a denúncia a ser oferecida pela PGR pode lhe custar o mandato parlamentar, Cunha trabalha intensamente nos bastidores para acertar os detalhes finais do pedido de impedimento da presidente.

Na manhã desta quarta-feira (19), o editor do UCHO.INFO conversou com um parlamentar que afirmou estar na reta final os últimos acertos para cortar a fita do pedido de impeachment de Dilma Rousseff. Na conversa, que teve lugar no setor de comissões permanentes da Câmara, ficou claro que a base aliada está desmoronando e a bancada petista batendo cabeça.

O melhor exemplo desse esfacelamento político do governo ficou evidente na noite de terça-feira (18), durante a votação do projeto que equipara o rendimento do FGTS ao da caderneta de poupança. Órfão de uma articulação política convincente, a ponto de dissuadir Eduardo Cunha, o governo foi derrotado no plenário da Câmara. O detalhe maior dessa derrota ficou por conta de um requerimento simples de adiamento da pauta, que foi rejeitado com o apoio de vários partidos e parlamentares, inclusive de petistas.

Esse cenário desfavorável a Dilma será usado à exaustão por Eduardo Cunha, que na eventualidade de se afastar do cargo não o fará com tranquilidade e aquiescência. O que se espera a partir desta quarta-feira é que o clima da política nacional torne-se cada vez mais acirrado, sendo que o perdedor primeiro dessa insana queda de braços é o Brasil.

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