Cartão vermelho – Refém de uma crise múltipla e sem precedentes, a presidente Dilma Rousseff está sem poder de mando e, no vácuo de ato de grandeza, deveria renunciar ao cargo para que o Brasil possa retomar o rumo da dignidade e da prosperidade.
Com a extensa maioria da sociedade brasileira sonhando com o fim do mais corrupto de todos os governos do País, Dilma tem silenciado diante de situações esdrúxulas e que atentam contra o bom senso e o Estado Democrático de Direito. Recentemente, em evento no Palácio do Planalto com líderes de movimentos sociais, a petista deixou de adotar as medidas pertinentes quando o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, pediu aos companheiros para que saíssem às ruas “entrincheirados, com armas na mão, se tentarem derrubar a presidente”.
Dilma esboçou uma reação meramente protocolar diante do crime cometido na sede do governo federal, mas sua atitude não convenceu e deixou a desejar. Como se no Brasil o incitamento ao crime não fosse passível de punição prevista em lei, esse tipo de comportamento. O que se espera de um governante com poder de mando é que reaja à altura quando algum tresloucado comete, em público, sandices dessa natureza. A presidente da República sempre soube do comportamento beligerante de Vagner Freitas, o que deveria ter servido para impedir a presença de um desqualificado em evento oficial do governo.
Fosse pouco, o presidente da Bolívia, o índio cocalero Evo Morales, prometeu invadir o território brasileiro caso a tese do impeachment de Dilma prosperasse. Em qualquer país minimamente sério e com autoridades responsáveis o governo já teria repudiado ameaça dessa natureza, pois é preciso preservar soberania do País e a integridade do território nacional. Para piorar, a diplomacia brasileira simplesmente se calou à sombra de mais um descalabro que traz a chancela da chicaneira esquerda latino-americana.
O PT sempre pautou as relações internacionais com base na ideologia, o que fez com que os Brasil se distanciasse de forma perigosa dos principais parceiros comerciais. No momento em que Dilma Rousseff se cala na esteira de uma declaração absurda e criminosa como a de Morales, o cidadão de bem precisa estar atento aos desdobramentos da crise, pois para fazer do Brasil uma versão agigantada da Venezuela é questão de tempo, pouco tempo.