Dono do PT e do governo, Lula dá ordens no Planalto e Dilma mantém Mercadante na Casa Civil

lula_363audacioso – Quem chega ao Brasil pela primeira vez sem saber a realidade do cotidiano acredita que Luiz Inácio da Silva, o malandro que virou lobista de empreiteira, é o imperador dessa república bananeira que incensa os corruptores como se fossem deuses do Olimpo.

Demonstrando mais uma vez que manda no governo de Dilma Rousseff em todos os escaninhos, Lula, o alarife que está prestes a ser alcançado pela Operação Lava-Jato, reuniu-se na manhã desta sexta-feira (18) com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para tratar da reforma administrativa. Ou seja, Dilma não passa de uma incompetente que perdeu o poder de mando, se é que algum dia teve esse status: o de mandar.

PT e PMDB pressionam a petista a substituir Mercadante, mas o “irrevogável”, que conseguiu a proeza de inaugura o autoplágio, ficará no cargo. Pelo menos por enquanto, pois Dilma resiste a despejar o titular da Casa Civil, decisão que ficou clara no recado que mandou avisando que não cederá às pressões. O nome da ministra da Agricultura, a peemedebista Kátia Abreu, que um dia foi ácida e contundente adversária de Dilma, chegou a ser cogitado para a pasta, mas a algoz da CPMF não tem apoio integral do seu partido.

Na quinta-feira (17), Lula também afirmou que não aprovaria tal troca. Na opinião do lobista apedeuta, o mais indicado para substituir Mercadante seria o também petista Jaques Wagner, ex-governador da Bahia e atual ministro da Defesa. O encontro de Lula com Mercadante foi interpretado como sinal de que o ministro permanece no cargo, já que um não suporta o outro e vice-versa.

Também na quinta-feira, em sua primeira conversa com Dilma após a divulgação do pacote fiscal, o todo-poderoso petista pediu à sucessora para que promova uma reforma ministerial mais ampla, para garantir sustentação política no Congresso e evitar o processo de impeachment. Lula disse à presidente da República ser necessário aumentar o espaço dos aliados fiéis e diminuir os cargos dos traidores, porque somente assim conseguirá aprovar o ajuste e barrar iniciativas para afastá-la do Palácio do Planalto. Ou seja, Lula quer que Dilma continue fazendo o que já faz há quatro anos, oito meses e dezoito dias: loteando o governo, como se esse fosse uma casa de alterne. Para quem não sabe, casa de alterne, palavra do mais castiço idioma da terra de Camões, corresponde a lupanar, prostíbulo e outros quetais.

Na lista dos partidos que comandam ministérios e votaram contra as medidas propostas pela equipe econômica, na primeira fase do ajuste, estão o PR, o PDT e o PRB, que comandam as pastas dos Transportes, Trabalho e Esporte, respectivamente.

De acordo com avaliação do ex-presidente, tudo tem de ser feito para impedir que um pedido de impeachment seja aceito na Câmara comandada pelo peemedebista Eduardo Cunha, pois, se isso ocorrer, será muito difícil deter sua tramitação com a pressão das ruas.

Apesar de defender mudanças na política econômica e achar que Dilma deveria ter adotado outro caminho para reequilibrar o Orçamento, a “estrela” (sic) petista ressaltou que é necessário “por no Ministério quem ajuda o governo no Congresso”, para aprovar o quanto antes o pacote fiscal, mesmo se houver recuos estratégicos, como um prazo menor de vigência da CPMF.

Diante desse script rocambolesco, que mais parece uma ópera bufa, fica claro que Lula saiu do governo, mas o governo não saiu de Lula. Por essa razão Dilma Rousseff não pode mais continuar no cargo, pois é inaceitável ter no comando do País os dois políticos responsáveis pela crise que chacoalha o Brasil há muito tempo. É preciso que a parcela descontente da população, que não é pequena, se cubra de coragem e saia às ruas para cobrar a imediata renúncia de Dilma, pois o fim de Lula já está na esteira da Lava-Jato.

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