Brasil sofre pior queda em ranking de competitividade; deterioração das instituições foi motivo

industria_22Ladeira abaixo – O Brasil é o país que teve a maior queda no Índice de Competitividade Global 2015, publicado nesta quarta-feira (30) pelo Fórum Econômico Mundial. O ranking mede fatores que determinam a produtividade e a prosperidade de um país.

O Brasil caiu dezoito posições em relação ao ano passado, passando do 57º para o 75º lugar entre 140 países. Trata-se do pior resultado para o Brasil, que já chegou à 48ª posição em 2012. Os autores do ranking consideram que o país sofre com a deterioração de suas instituições e um baixo rendimento macroeconômico.

O país obteve o pior resultado entre os emergentes. Diante do aumento dos custos de produção e do envelhecimento da população, a China se manteve estável, na 28ª posição. A competitividade do país pouco avançou nos últimos seis anos.

Índia, Rússia e África do Sul avançaram significativamente (16, oito e sete posições, respectivamente), enquanto a Turquia caiu seis posições.

“Entre os maiores mercados emergentes, a tendência é, para a maior parte, de estagnação ou declínio”, destacou o Fórum Econômico Mundial, que hospeda o encontro anual de líderes econômicos e políticos em Davos, na Suíça.

Outra queda considerável na América Latina foi sofrida pela Bolívia, que passou da 105ª para a 117ª posição. Já o México e a Colômbia ostentam o 57º e o 61º lugares, tendo subido quatro e cinco posições, respectivamente.

“O fim do superciclo das matérias-primas afetou consideravelmente a América Latina e o Caribe, que já nota repercussões no crescimento da região”, ressalta o texto do Fórum Econômico Mundial. Além disso, a região latino-americana tem baixos níveis de intercâmbios comerciais e de investimento, diz o órgão.

De acordo com organismo, os países emergentes estão em condições frágeis para resistir a choques econômicos futuros, porque não conseguiram melhorar sua competitividade desde a crise de 2008. Para se preparar, a América Latina deveria investir nas áreas de infraestrutura e inovação.

O ranking anual também leva em conta fatores como instituições públicas, tecnologia e eficiência do mercado de trabalho.

Na Europa, a Espanha subiu da 35ª para a 33ª posição, sendo um dos países que “contribuiu para estreitar a margem entre o norte e o sul do continente”. “Espanha, França, Irlanda, Itália e Portugal melhoraram consideravelmente em áreas como eficiência do mercado laboral”, enfatiza o texto.

Pelo sétimo ano consecutivo, a Europa lidera o ranking, seguida novamente por Cingapura e pelos EUA. A Alemanha subiu uma posição, para o 4º lugar, sendo a economia mais competitiva da zona do euro. (Com agências internacionais)

apoio_04